A exemplo de outras cidades, Belo Horizonte adotou medidas sanitárias para conter o avanço da Covid, evitar mortes e eventual colapso do sistema de saúde. A maioria delas, com grau quase zero de complexidade. O mesmo não se pode dizer das polêmicas, reclamações, resistências e afins.
Há uma lei em vigor obrigando o cidadão a usar máscaras, um equipamento de proteção individual considerado pela comunidade científica e médicos um dos mais simples e eficazes para frear a taxa de transmissão do novo coronavírus. É, até hoje, a melhor proteção disponível.
Como o Hoje em Dia já mostrou em diversas edições, mesmo a simplicidade dessa regra, embasada nas recomendações da Organização Mundial de Saúde e da comunidade científica, foi reiteradamente ignorada, mesmo com aplicação de multas.
A edição de decretos estabeleceu, para o comércio - que brigou com tudo o que pode para reabrir as portas, voltar a receber clientela e salvar o caixa do ano - algumas medidas para funcionar sem acabar virando palco de contribuição para a disseminação do coronavírus, que voltou a contaminar de forma acelerada.
Foi preciso intensificar a fiscalização para garantir o cumprimento das medidas. Tanto comerciantes quanto a clientela abusou, no entendimento do poder público. Orientado por epidemiologistas, o prefeito Alexandre Kalil resolveu novamente endurecer o jogo.
Tudo isso poderia ter sido evitado. Mesmo quando, por qualquer razão, não se acredita nos perigos da pandemia que segue ceifando milhões de vidas e lotando hospitais mundo adentro, é preciso seguir algumas regras. Pelo bem geral.
É uma questão de responsabilidade mútua, de esforço coletivo imprescindível e imperativo neste momento para que mais rapidamente sejam criadas as condições de todos voltarmos ao mais normal possível. Se é que isso voltará a ser possível!