Transmissor lança novo álbum, que sai da "zona de conforto"

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
09/05/2014 às 07:33.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:30
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

O pequeno estúdio de ensaios Frango no Bafo, localizado no bairro João Pinheiro, é onde o Transmissor desenvolve suas criações. Também foi o local escolhido para um bate-papo com a equipe do Hoje em Dia sobre o lançamento de seu terceiro álbum, “De Lá Não Ando Só” (Ultra Music), com show esta noite, no Teatro Bradesco. No centro da conversa, a relação entre a banda e o produtor Carlos Eduardo Miranda. “Não tínhamos trabalhado ainda com alguém ‘de fora’ e isso mudou toda a nossa dinâmica ao fazer um disco”, afirma o guitarrista Leonardo Marques.

“Antes trabalhávamos muito cada música, pensando demais em cada detalhe, mas com Miranda, ficou tudo mais produtivo”, acrescenta o baterista Pedro Hamdan.

A presença de Miranda em cinco rápidas ocasiões na capital mineira permitiu uma maior objetividade da banda, que decidiu gravar a parte instrumental totalmente ao vivo em apenas quatro dias.

“O Miranda mostrou para a gente muitas músicas, de bandas estrangeiras, algumas coisas antigas, e isso foi importante para indicar o caminho”, diz Henrique Matheus, que também atua na cena mineira como produtor. Além de Miranda, outros dois experientes nomes da indústria fonográfica participaram do álbum: Cys Zamorano se incumbiu d a preparação vocal – as vozes foram gravadas em São Paulo – enquanto Tomás Magno cuidou da mixagem.

Mais forte

Quem já conhece a história do Transmissor, ficará um pouco surpreendido com a sonoridade do álbum “De Lá Não Ando Só”. Há ainda uma certa suavidade e uma preocupação com as melodias, mas agora com uma “pegada roqueira” maior, especialmente por uma evidência maior nas guitarras e nos teclados.

A introdução de mais um integrante – Daniel Debarry no baixo – contribuiu ainda mais para essa mudança. “Queríamos sair um pouco da estética do ‘fofo’, queríamos algo que fosse mais forte. Realmente é um disco que soa mais maduro”, admite Leo Marques. “O Miranda nos orientou a sermos mais ousados, a sairmos da nossa zona de conforto”, completa.

Outro lado interessante do terceiro álbum é que o trabalho deixa ainda mais evidenciada a ideia de coletivo – em contraposto à ideia de banda – que estava lá na origem do Transmissor.

Como Jennifer Souza e Leo Marques possuem discos próprios e cada integrante vai trilhando diferentes caminhos, o grupo se torna um espaço de compartilhamento de várias experiências.

Transmissor – Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2244, Lourdes). Hoje, às 21h. R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada). Ouça o disco em soundcloud.com/transmissor e baixe no site www.screamyell.com.br.

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