(Louise Vas/Divulgação)
Filipe Barros, vocalista do grupo pernambucano Bande Dessinée, estreia a carreira solo com o disco “Miocárdio”, um dos melhores do ano até o momento. Assinando apenas como Barro (sem o “s” mesmo), ele apresenta um trabalho extremamente plural, mas com as raízes recifenses bem marcadas.
Em comum com a sua banda está o uso de vários idiomas – aqui estão músicas em português, inglês, francês, espanhol e italiano. Mas a sonoridade é outra. “Acho que o Miocárdio olha as coisas mais do ponto de vista pessoal, conectando as minhas vivências. Toquei em várias coisas, e o disco traz essa diversidade, esse acento pernambucano mais forte, a música brasileira como uma base forte e a vivência com a música pop global”, diz Barro, que conta com várias participações no disco, como Juçara Marçal e Lisa Moore (Blood and Glass).
Segundo o artista, o disco apresenta canções que vinham sendo compostas nos dois últimos anos. “Eu queria que fosse um disco pop, mas com profundidade, com várias camadas de compreensão e pudesse deixar brechas pra pessoa imergir tanto na produção quanto nas letras”, explica.
A produção de Gui Amabis foi fundamental para que a linguagem adotada para o trabalho. “Gui é demais. Foi um guru no processo. Ele mudou muito os arranjos. Quando termino a composição ela já vem com uma intenção de arranjo, ele conseguia filtrar isso muito bem e propor algo na vibe dele. Ele agregou muito com os samplers dele, as texturar dos sons sampleados dos vinis. Uma coisa muito legal também foi como ele me ajudou a encontrar a minha voz no disco, e maturar a minha forma de cantar”.
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