(Arquivo Pessoal)
A atmosfera fantástica, com uma prosa ágil e moderna, permeia “O Sono de Morfeu” (Editora Asa de Papel, 174 páginas, R$ 35), do jovem escritor mineiro André Zambaldi, que será lançado neste sábado (18), a partir das 11h, no Armazém Dona Lucinha (av. Contorno, 6283, Savassi). Nesta sua primeira aventura literária, o autor constrói a narrativa à sombra da figura do deus mitológico Morfeu – o deus do sonho – para fazer uma reflexão contemporânea da expectativa do homem, principalmente do estudante, com o conhecimento.
“A escolha de Morfeu pareceu-me óbvia, por conta dos sonhos. Mas o que acontece quando o deus do sonho passa a viver num pesadelo? É uma metáfora que me guiou na observância da experiência dos estudantes com relação à academia e ao conhecimento. Essa tristeza muito grande relacionada ao excesso de conhecimento e do que fazer com ele”, frisa o autor, que, com a obra, ganhou o Prêmio Jovem Escritor do Governo de Minas, em 2011.
Assim, no romance, André mescla internet, feitiçaria, Grécia e Minas. Beatles, Cruzeiro, Atlético. E faz tudo isso, intercalado e recheado com os personagens do escritor russo Fiódor Dostoiévski, do alemão Friedrich Nietzsche e do prussiano Immanuel Kant, entre outros.
Aos 29 anos, André, que é também professor de História, diz que o interesse pela leitura surgiu através da literatura fantástica do britânico J.R.R. Tolkien (que escreveu a trilogia “O Senhor dos Anéis”) e também do jogo RPG. “Eles me estimularam desde sempre a criar meus próprios mundos, meus personagens, a interpretar os mundos sob a ótica variada”, observa.
Mente inquieta e trabalhadora, André, embora ainda com seus olhos voltados para sua primeira cria, projeta novos livros daqui para frente. Ele diz que já está com outro romance bem encaminhado, ambientado nessa mesma atmosférica fantasiosa, além de um livro de contos. Outros dois lançamentos “Modernidade Toda Prosa” (Casa da Palavra), de Eneida Maria de Souza e Marília Rothier, será lançado neste sábado, às 11h, na Livraria Quixote (rua Fernandes Tourinho, 274). Do ponto de vista cronológico, a obra examina manifestações do Modernismo até a atualidade. Sob o aspecto temático, trata de prosa em sentido bem amplo, abordando inclusive o cinema e as artes plásticas.
Já “Qual É, Solidão?” (Oito e Meio), de Alexandre Brandão, será lançado, também neste sábado às 11h, no Espaço Cultural Letras e Ponto (rua Aimorés, 388).