Fogo em museu da PUC Minas não atingiu acervo científico

Michele maia - Do Hoje em Dia
23/01/2013 às 20:04.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:59
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Um dia após o incêndio que destruiu parte do acervo do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, o cenário era de destruição. Muita sujeira, fuligem e algumas peças ainda estavam espalhadas pelo chão. Um possível curto-circuito na “Caverna”, uma das atrações do museu, seria a principal causa de ter provocado as chamas, conforme disse o coordenador do museu, Bonifácio Teixeira.

“Usamos dois sistemas de iluminação: a cênica, que ilumina as peças e as vitrines, e a iluminação de serviço, que permanece ligada à noite para que os faxineiros façam a limpeza do ambiente. A perícia informou que, provavelmente, no fechamento do museu, quando as luzes foram desligadas pode ter havido o curto, que pode ter se repetido em outros pontos”, explicou.

 

Rescaldo do incêndio no Museu de Ciencias Naturais da PUC Minas (Foto Frederico Haikal)


Entre as pessoas envolvidas com o museu o sentimento era um misto de tristeza e alívio, já que o local reúne a mais valiosa coleção de paleontologia das Américas, com cerca de 70 mil peças tombadas, e nenhuma das coleções científicas foi danificada. “Ainda não podemos estimar o valor dos prejuízos, mas as réplicas perdidas podem ser facilmente repostas, já que são produzidas no próprio museu”, disse Teixeira, acrescentando que alguns cenários também terão que ser refeitos.

As peças originais e de importância científica do espaço Lund foram preservadas. Aliviado, o paleontólogo Castor Cartelle disse que a partir de agora é necessário tempo, trabalho e paciência até tudo ser colocado em ordem. “Graças a Deus o que perdemos foram poucas peças sem relevância cientifica, nada que não possa ser substituído. O material atingido, da exposição de Lund é totalmente recuperável, como fotografias e desenhos”, disse.

 

 

Esqueleto queimado no incêndio no Museu de Ciências Naturais da PUC Minas (Foto: Frederico Haikal)


Saiba mais

- Incêndio começou no segundo andar

- Apesar de receber cerca de 500 visitantes por dia, apenas alguns funcionários estavam no local quando o fogo começou. As chamas tiveram início no segundo andar do museu

- Fotos, maquetes, peças de resina e cerâmica, além de duas exposições permanentes estão entre o material atingido

- A cabeça de Luzia, um dos mais antigos registros de humanos já encontrados nas Américas, ficou preservada. Também ficou intacta a maquete da Lagoa Santa nos anos 1850, época em que Peter Lund vivia na cidade
 

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