Mineirão receberá pela terceira vez o confronto entre Brasil e Chile

Wallace Graciano - Enviado Especial
27/06/2014 às 08:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:10
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O confronto entre brasileiros e chilenos não é nenhuma novidade para os mineiros. Em outras duas oportunidades, os rivais sul-americanos estiveram frente a frente no Mineirão. Porém, os duelos não passaram de partidas amistosas, ao contrário do embate deste sábado (28), que valerá vaga nas quartas de final da Copa do Mundo.

Em 1980, a equipe comandada por Telê Santana venceu de virada os andinos, com gol decisivo do atleticano Toninho Cerezo. No último ano, Felipão aproveitou o confronto contra os chilenos para fazer os últimos ajustes na sua seleção antes da Copa das Confederações, empatando por 2 a 2.

Cada um desses duelos traz boas histórias. E que tal relembrá-los um pouco? Confira abaixo o que ocorreu nesses dois amistosos que ficaram para sempre na mente do torcedor mineiro.  

Telê vaiado

O primeiro confronto entre as equipes ocorreu em 24 de junho de 1980. A Seleção Brasileira estava em baixa. Nove dias antes, os comandados de Telê haviam perdido para a União Soviética no Maracanã. O clima era de pouco otimismo. Tanto que somente 26.111 pessoas foram ao Gigante da Pampulha para acompanhar o embate.

A situação ficou ainda pior quando Yañez abriu o placar, no final do primeiro tempo. Na volta do intervalo, Zico empatou. Pouco depois, o volante atleticano Toninho Cerezo virou o placar, que terminou com os 2 a 1 favoráveis à Seleção Brasileira, sob vaias da torcida presente no estádio.  

Cerezo não o único atleta “mineiro” em campo naquela noite. Além dele, Nelinho, do Cruzeiro, começou jogando na lateral direita, enquanto Éder entrou na etapa final no lugar do ponta-esquerda Zé Sérgio.

Empate na preparação para a Copa das Confederações

Em 24 de abril do último ano, Brasil e Chile voltaram a se encontrar no templo do futebol mineiro. Ficou estabelecido que somente atletas que atuassem nos dois países poderiam ser convocados para o confronto. De Minas Gerais, foram lembrados os atleticanos Réver, Ronaldinho Gaúcho e Marcos Rocha. Dedé, que tinha acabado de se transferir para o Cruzeiro, foi chamado quando ainda defendendo o Vasco.

O que se viu naquela noite foi um duelo franco entre as duas equipes. Marc os González, de cabeça, abriu o marcador. Pouco depois, Réver deu o troco na mesma moeda, para alegria da torcida atleticana. Na segunda etapa, Neymar deixou o seu, mas Eduardo Vargas anotou um golaço e fez com que a partida terminasse empatada em 2 a 2. Ao final da partida, boa parte dos 53.331 torcedores presentes no Mineirão vaiaram a Seleção Brasileira e o camisa 10 canarinho, principal alvo da ira que vinha das arquibancadas.

Dos atletas que atuaram naquele confronto, somente Paulinho e Neymar representam o Brasil na Copa do Mundo deste ano. Já do lado chileno, foram lembrados por Sampaoli o goleiro Johnny Herrera, o zagueiro José Rojas, o lateral Eugênio Meia, o meia José Pedro Fuenzalida e o atacante Eduardo Vargas.  

Retrospecto em Copas é favorável

Essa não será a primeira vez que a Seleção Brasileira encara os chilenos em Mundiais. Até o momento, os rivais sul-americanos se encontraram em três oportunidades na história do torneio, sempre em duelos decisivos. Em todas, quem levou melhor foi a equipe canarinho.

O primeiro dos encontros aconteceu na casa dos nossos adversários de sábado. Em 1962, Garrincha e Vavá colocaram a Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo, após vitória por 4 a 2. Em 1998, foi a vez de César Sampaio e Ronaldo desequilibrarem o confronto que valia vaga nas quartas de finais do certame. Cada um marcou dois tentos na goleada por 4 a 1. Já no último Mundial, as duas equipes voltaram a se encontrar nas oitavas de final do torneio, com nova vitória canarinho, desta vez por 3 a 0.

Ampla vantagem no retrospecto geral

A disparidade no confronto entre as seleções fica ainda mais evidente na contagem geral. Na história, Brasil e Chile disputaram 68 jogos. Foram 48 vitórias da equipe canarinho contra apenas sete da “Roja”, enquanto 13 duelos terminaram em igualdade. Nos gols, a diferença é ainda mais gritante. O ataque verde e amarelo balançou as redes 159 vezes, enquanto o andino só deixou sua marca em 58 oportunidades.

A última vitória chilena sobre o Brasil ocorreu nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002. Em 15 de agosto de 2000, Marcelo Salas e Iván Zamorano comandaram o triunfo andino por 3 a 0 sobre a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo.

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