Oito livros indicados para os roqueiros

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
13/07/2015 às 12:21.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:53
 (divulgação)

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Quem gosta de rock de verdade não quer saber apenas de colecionar álbuns ou montar playlists variadas. Um bom roqueiro também lê sobre o assunto – tanto que toda hora tem alguma biografia de rock star entre os livros mais vendidos no Brasil. Seguem aqui algumas sugestões variadas de obras que tratam do rock and roll de alguma forma e proporcionam boas horas de leitura gostosa e proveitosa.

 

“Dias de Luta – O Rock e o Brasil Dos Anos 80”, de Ricardo Alexandre

(Arquipélago)

A obra se tornou referência no Brasil quando o assunto é o rock dos anos 80. O jornalista mostra quais foram as circunstâncias que fizeram com que figuras como Cazuza, Renato Russo e Herbert Vianna se transformassem em super stars. Os caminhos são culturais, políticos e econômicos.

 

 

“As Raízes do Rock”, de Florent Mazzoleni

(Companhia Editora Nacional)

O título da obra já mostra a que veio. Aqui estão dados e casos sobre o nascimento do rock, desde seus primórdios nos anos 30 até o momento em que Elvis Presley levou para a mídia a música que os negros americanos vinham cultivando e modificando, a partir da mistura de outras sonoridades criadas por eles: o jazz e o boogie-woogie, o R&B, o blues e outros.

 

 

“Dangerous Glitter”, de Dave Thompson

(Editora Veneta)

O subtítulo da obra já é ótima: “A História de como David Bowie, Low Reed e Iggy Pop foram ao Inferno e Salvaram o Rock n' roll”. Bem ilustrado do início ao fim, o livro conta a história esses três grandes nomes da história do rock – David Bowie, Iggy Pop e Lou Reed – se conheceram e se influenciaram para construir uma produção musical criativa, impressionante e atemporal.

 

 

“Vida”, de Keith Richards

(Editora Globo)

Difícil dizer quantas biografias existem dos Rolling Stones. Há casos, inclusive, de o mesmo escritor realizar um livro sobre um integrante da banda (Keith ou Mick, normalmente) e também sobre o grupo como um todo. Haverá muito em comum entre elas: casos de (muito) sexo, (muitas) drogas e (muitas) tentativas de se evitar o fisco na Inglaterra e nos Estados Unidos. Mas em “Vida”, o leitor tem acesso direto ao que pensa o mais divertido stone, o homem que nunca teve papas na língua nem medo de causar incômodos nos outros. O livro ficou marcado pelas confissões feitas sobre o mais famoso colega, Mick Jagger.

 

 

“A Arte do Rock”, de Paul Grushkin

(Companhia Editora Nacional)

O livro traz “Imagens Que Marcaram A Era Clássica Do Rock”. A partir de uma pesquisa de Grushkin em seus próprios arquivos (ele guarda cartazes e materiais gráficos há décadas), é possível observar com maior clareza que o rock é muito mais do que um gênero musical, mas, sim, um movimento cultural de riquíssima iconografia

 

 

“O Som da Revolução”, de Rodrigo Merheb

(Civilização Brasileira)

Com recorte de 1965 a 1969, período mais rico da história do rock, o jornalista mineiro conta e analisa casos que envolvem uma grande gama de personalidades. Destaque para a maneira com que ele descreve as diferenças entre os movimentos de São Francisco (EUA) e Londres, além do debruçamento sobre o festival de Woodstock.

 

 

“A Autobiografia”, de Pete Townshend

(Editora Globo)

Há muitas biografias de gênios da música no mercado, mas essa de Townshend é marcante por ele ser uma personalidade que consegue ser destoante em meio à ideia que fazemos sobre rock stars. O mundo de drogas e sexo fácil pouco o interessavam, enquanto o mundo dos circuitos eletrônicos lhe tiravam o sono – ele adorava criar seus próprios amplificadores. É bom compreender como um rapaz que poderia se tornar um grande engenheiro ou matemático acabou se tornando o cérebro da banda The Who.

 

 

“50 Anos a Mil”, de Lobão

(Nova Fronteira)

Deve ter gente se perguntando: “como ela pode recomendar um livro do Lobão?” Vale a pena abrir a mente, pessoal. Mais do que mostrar um pouco da história do rock a partir da visão de uma pessoa que sempre chamou atenção pela polêmica, essa biografia nos coloca em contato com uma mente, no mínimo, curiosa. Lobão expõe suas esquisitices – como a paixão incestuosa e proibida pela mãe, o sentimento de perseguição sobre Herbert Vianna, sua necessidade de bater de frente com todo mundo, as ações autodestrutivas – e faz com que essa não seja uma biografia como qualquer outra que você encontre nas livrarias.

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