RIO - Manifestantes cariocas fizeram plantão, desde a madrugada deste sábado (22), em frente à residência do governador Sérgio Cabral, no Leblon, zona Sul da cidade. Com palavras de ordens por um novo Brasil. O governador, em pronunciamento na sexta (21), deixou claro que não toleraria atos de violência dos manifestantes ou novas depradações de patrimônios públicos.
Do governador Sérgio Cabral, os manifestantes queriam explicações sobre os gastos públicos das reformas do Maracanã e outras obras para a Copa do Mundo de 2014. Apesar do pronunciamento ofical da presidente e combater a corrupção, mas alertando contra atos de vandalismo, o movimento - que começou em São Paulo pela redução das passagens de ônibus - cresceu e tornou-se uma manifestação espontânea, com agendamentos pelo facebook, twitter e outras redes sociais. Com investimentos de US$ 15 bilhões em obras e infra-estrutura para a Copa, o brasileiro se viu perplexo diante de um país ainda carente de eficiência em áreas vitais, como saúde, educacação e mesmo segurança.
Sob o olhar atento e vigilante dos policiais, os participantes do protesto no Rio portavam cartazes contra a realização do Mundial de Futebol no Brasil. Muitos motoristas que passavam pelo local, uma das áreas mais nobres da orla carioca, deixavam claro o apoio à manifestação.
Apesar da disposição dos manifestantes, e da tranquilidade com que efetuaram o protesto, os policais avisaram que Cabral não estava em casa. A organização foi tanta que alguns grupos chegaram a se revezar na vigília. Além do aviso de reação a atos de violência, Cabral insistiu, na entrevista de sexta-feira, que o Rio deve abrigar grandes eventos esportivos. A promessa dos participantes é de continuar acampados até que o governador se disponha a receber representantes do grupo.
Na sexta (21), o Rio viveu manifestações diferentes, na zona Oeste, com depredações, violência e confrontos entre manifestantes e policiais. O governo do Rio calculou os prejuízos em mais de R$ 200 milhões.