Levir Culpi supera neste sábado, pelo Galo, número de partidas no comando da Raposa

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
20/06/2015 às 07:56.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:33

“Formado em Educação Física, Levir será, no Juventude, um homem com missão dupla. Zagueiro (capitão do time) e responsável pela parte técnica”. Assim, há 30 anos, o jornal Pioneiro, de Caxias (RS), relatava a primeira experiência de Levir Culpi como treinador, em meio a uma crise financeira no time gaúcho. O então jogador de 31 anos iria apenas “tapar o buraco”. Mas aquele era o pontapé inicial de uma vitoriosa carreira que, neste sábado (20), alcança mais uma marca.   Às 16h30, contra o Flamengo, no Maracanã, o comandante do Atlético pisará no gramado mais alvinegro do que nunca. Será a 258ª partida do técnico à frente do Galo, superando o número de jogos realizados pelo rival Cruzeiro.   Assim, o atual campeão da Copa do Brasil passará a ser o principal time brasileiro no extenso currículo do treinador. O Atlético, agora, só ficará atrás do Cerezo Osaka na história de Levir: no Japão, foram 323 jogos em três passagens.     Realização pessoal   Apesar de brincar com as próprias falhas de memória, o técnico valoriza bastante os números atingidos na carreira. Desde o início da atual temporada, Levir passou a contar os dias até superar a barreira dos 257 jogos no comando da Raposa. O momento esperado enfim chegou, e junto com ele, a chance de agradecer a quem lhe possibilitou se tornar um ícone do futebol de Minas Gerais.   “É uma passagem, até certo ponto, estranha. Algo fora do comum. Diante do Santos, eu completei 257 partidas em cada um dos clubes (Atlético e Cruzeiro). Seria um ótimo momento para parar de treinar em Minas (risos). Mas, como estamos buscando o título e o time (Galo) está bem, vou continuar”, ironiza o treinador, agradecendo a simpatia que ganhou dos dirigentes mineiros a partir de 1994, na primeira passagem pelo Galo.   “Amanhã (hoje) vou passar o número pelo Cruzeiro. É a quarta vez que estou aqui e só tenho palavras de agradecimento pelos bons olhos com que os mineiros me olham”, declara.     Maracanã calado   “Só três pessoas calaram o Maracanã: o Papa João Paulo II, Frank Sinatra e eu”, costumava dizer o ponteiro uruguaio Alcides Ghiggia, autor do gol vitorioso na final da Copa de 1950. Mas Levir Culpi poderia reivindicar o nome na lista. Neste sábado, ele tentará repetir o que fez no Brasileirão de 1975. Pelo Santa Cruz, venceu o Flamengo de Zico por 3 a 1 e deixou em silêncio mais de 75 mil torcedores.

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