O auxílio-moradia aprovado para todos os deputados mineiros, inclusive àqueles com residência em Belo Horizonte, pela Assembleia Legislativa, deve mesmo ser de R$ 4.377 .
Apesar de o texto da resolução que retomou o benefício não explicitar o valor, a cifra, 53% maior que a paga hoje, de R$ 2.859, para os parlamentares sem casa na capital, já é dada como certa. “Não haveria tanto desgaste por mixaria”, disse fonte da Assembleia que prefere anonimato. Definir este valor, que equipara o benefício ao mesmo aprovado para o judiciário no ano passado, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), será uma das primeiras medidas da Mesa Diretora, que só deve efetivamente retomar os trabalhos semana que vem.
A volta do auxílio-moradia gerou uma repercussão negativa para Casa. Hoje, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindREDE-BH) convoca a população para uma reunião na sede da entidade, na avenida Amazonas, 491, na Praça Sete, a partir das 19h, pelo “Movimento mineiro contra o auxílio-moradia dos deputados”. O texto do panfleto distribuído pelo sindicato diz que o benefício oferecido aos 77 legisladores “nega a dignidade de moradia para 2.500 famílias”.
Reforma
A reforma administrativa apresentada pelo governador Fernando Pimentel (PT) deve ser outro assunto na pauta da Casa, mas só na semana que vem. “Amanhã (hoje) a Assembleia já volta a funcionar, mas as comissões ainda estão votando seus presidentes, então, não tem como tramitar projetos de deputados”, justificou o líder da situação, deputado Rogério Correia (PT).
Segundo o petista, a reforma deve ser apreciada no dia 24, já com texto substitutivo que está sendo preparado pelo Executivo, com mais detalhes sobre as mudanças. A proposta tramita em regime de urgência e na próxima terça-feira vence o prazo de 45 dias que a medida estabelece e ela começa a sobrepor a pauta.