Segundo dia de atividades começa com depoimento de testemunha que acompanhou fala de primo de Bruno

Ana Clara Otoni e Amanda Paixão - Hoje em Dia
05/03/2013 às 09:31.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:34
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

Um pouco mais pontual do que no primeiro dia, que teve 40 minutos de atraso, os trabalhos do segundo dia de julgamento do goleiro Bruno Fernandes começaram às 9h20 desta terça-feira (5), no fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH. A juíza Marixa Fabiane deu abertura à sessão e liberou a entrada de fotógrafos e cinegrafistas para fazerem imagens do plenário do salão do júri.

Segundo o promotor Henry Vasconcelos, a expectativa é que o goleiro Bruno preste depoimento ainda nesta terça-feira, às 15h. Das três testemunhas que devem ser ouvidas neste segundo dia de atividades, o João Batista Alves Guimarães foi o primeiro a ser interrogado pela promotoria. Ele era cliente de uma padaria perto da Delegacia de Homicídios, no bairro Lagoinha, na região Nordeste da capital, e foi convidado para acompanhar o depoimento de Cleiton Gonçalves, ex-motorista do goleiro Bruno. Ele disse que morava perto da delegacia e estava no estabelecimento comprando pães e cigarros. Ao responder aos questionamentos do promotor, João Batista disse que Cleiton não sofreu coação para responder as perguntas da delegada Alessandra Wilke, na época do crime. Segundo ele, Cleiton estava com as mãos livres e bem à vontade.

"Cleiton não estava bêbado e não apresentava nenhum temor", confirmou João Batista. O depoimento à Alessandra Wilke, no ano de 2010, teria durado cerca de duas horas. O advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, questionou quem estava na sala durante o depoimento. João Batista respondeu que estavam na sala a delegada Alessandra Wilke, Cleiton, um investigador e a escrivã. Em seguida, a defesa do goleiro perguntou sobre a formação profissional da testemunha e sua ocupação.

O jurista Tiago Lenoir perguntou se Cleiton já estava delegacia e quanto tempo ele estava no local. A testemunha informou que o ex-motorista de Bruno estava na delegacia, mas não sabia por quanto tempo. O depoimento de João Batista durou cerca de 20 minutos.

Entenda o caso
 
Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.
 
Acusado de homicídio triplamente quaificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver, o goleiro Bruno está sendo julgado esta semana. Segundo a acusação, o atleta seria mandante do crime. Além dele, está sendo julgada também sua ex-mulher Dayanne Rodrigues, que responde por sequestreo e cárcere privado.
 
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", é acusado de matar Eliza Samudio. Ele responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O julgamento de "Bola" está marcado para ocorrer no dia 22 de abril.
 
O ex-policial, o goleiro Bruno e sua ex-mulher Dayanne Rodrigues tiveram o processo desmembrado durante o júri popular que ocorreu de 19 a 23 de novembro do ano passado, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem. Na ocasião, apenas Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", e Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno, foram julgados. Macarrão foi sentenciado a 15 anos de prisão e Fernanda a cinco no regime aberto.
 
Além deles, ainda serão julgados o ex-caseiro do sítio de Bruno, Elenilson Vítor da Silva e o motorista do atleta, Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha". Os réus respondem por sequestro e cárcere privado e devem ser julgados em 15 de maio.

Atualizada às 10h14.

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