(Luiz Costa)
Em um dos grandes jogos que a edição deste Campeonato Brasileiro ofereceu, o Atlético fez valer sua força e bateu o Santos por 3 a 2, na noite desta quinta-feira (25), em confronto disputado no Independência, válido pela 24ª rodada do certame. Para chegar aos seu terceiro triunfo consecutivo, o Galo contou com os tentos de Tardelli (duas vezes) e o gol contra de Cicinho. Thiago Ribeiro e Geuvânio marcaram para o Peixe. A complicada vitória fez com que o Galo chegasse aos 40 pontos e, enfim, entrasse no G4. Apesar de igualar o Grêmio e o Corinthians, o Atlético ultrapassou os rivais graças aos critérios de desempate e assumiu a quarta colocação. Com 33 pontos, o Santos ocupa o nono posto e parece que vai brigar apenas para ficar na “zona do limbo”. O Galo tentará manter a boa fase no próximo domingo (28), quando recebe o Vitória no Independência, em duelo que terá início às 16 horas. Na mesma data, porém às 18h30, o Santos tenta se recuperar diante do Goiás, em confronto marcado para o Pacaembu. CONTAGIANTE A aura no Independência era empolgante. Após a vitória em cima do Cruzeiro, no clássico disputado no último domingo, a torcida atleticana, antes vivendo de incertezas quanto ao time, foi ao Gigante do Horto com um entusiasmo que estava esquecido. Parecia que a vitória e a entrada no G-4 era questão de tempo. Com essa atmosfera, a partida não poderia deixar de ser contagiante, afinal, do outro lado havia um Santos que tinha uma proposta ofensiva com três fortes atacantes. E só foi a bola rolar para a profecia se cumprir. Desde os primeiros movimentos, o jogo se mostrou corrido. Lá e cá. Logo de cara, Damião deu seu cartão de visitas, assustando o Atlético com uma cabeçada perigosa. Do outro lado, o Atlético esbarrava em pequenos detalhes para devolver o susto. Porém, quando chegou, teve um toque de sorte para surpreender Aranha e abrir o placar. Aos 11 minutos, Diego Tardelli recebeu livre na ponta-esquerda. O atacante ergueu a cabeça e, com o pé direito, alçou a bola na área, em curva. Carlos tentou resvalar, sem sucesso. Porém, seu movimento enganou Aranha, que não conseguiu defender o cruzamento do camisa 9 alvinegro e viu o balão estufar a rede. Foi sem querer, mas o que importa é que o Galo abria o placar no Horto. 1 a 0. O curioso é que, após o tento, as duas equipes mantiveram os ataques massivos, fazendo com que o duelo disputado no Gigante do Horto um jogão. Boas oportunidades foram criadas e uma hora a bola tinha que entrar. Quando a rede, enfim, balançou, foi a torcida atleticana que tirou o grito da garganta, graças a um toque decisivo de um adversário. Isso porque Marcos Rocha recebeu a bola na meia-direita aos 23 minutos. O lateral viu Carlos livre do outro lado e tentou achá-lo na entrada da área. Tentando evitar o pior, Cicinho se atirou na bola, mas a jogou contra o patrimônio. O placar era alterado: 2 a 0. Apesar de ter contado com a sorte nos dois gols, o Atlético parecia não precisar dela. Se o talismã Carlos tivesse pensado um pouco mais ao finalizar três jogadas, certamente o placar terminaria dilatado ao final do confronto. TÃO EMPOLGANTE QUANTO Para alegria da torcida presente no Independência, a tônica da etapa inicial persistiu no período complementar. Os 45 minutos que findaram o confronto mostraram duas equipes que preferiam apostar na força ofensiva ao invés de preocupar somente com a marcação. Que o diga o Santos. Atrás do prejuízo, o Peixe persistiu atacando o Atlético e assustou Victor desde os primeiros movimentos da etapa final. Porém, tal qual o primeiro tempo, tomou um balde de água fria do Galo quando ensaiava uma “blitz”. Aos oito minutos, André foi derrubado no grande círculo. Enquanto o Santos reclamava da marcação, Guilherme viu Tardelli partindo livre em meio à desorganizada zaga adversária e lhe deu um lançamento cirúrgico. Cara a cara com Aranha, o artilheiro alvinegro só teve o trabalho de escolher o canto para sair para o abraço. 3 a 0. Àquela altura, se um desavisado ligasse a televisão, poderia pensar que a goleada atleticana apontava um domínio absoluto alvinegro. Muito pelo contrário. A margem expressiva foi conquistada em um jogo complicado, cheio de emoções. Talvez por isso, o “gol de honra” do Santos talvez fez um pouco de justiça ao placar. Aos 14 minutos, a bola alçada na área pela direita encontrou Thiago Ribeiro, que aproveitou descuido da zaga alvinegra para diminuir a diferença. 3 a 1. O gol inflou ainda mais o Peixe, que passou a buscar o ataque incessantemente. Tanto tentou, que foi premiado aos 38 minutos, quando Geuvânio recebeu na ponta da área, cortou para dentro e chutou com categoria, para anotar um belo gol e encostar no placar. 3 a 2. Tal qual a última quinta-feira, quando chegou a abrir três de diferença em cima do Goiás, mas deixou clube esmeraldino encostar, o Atlético fez com que os minutos finais do confronto fossem dramáticos. Felizmente, para a torcida alvinegra, o Galo conseguiu segurar a vantagem e transformou a tensão em alívio com o apito final do árbitro Rodrigo Alonso Ferreira. O Atlético está de volta ao G-4 do Brasileirão. FICHA TÉCNICA ATLÉTICO 3 X 2 SANTOS ATLÉTICO: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson, Douglas Santos; Josué, Leandro Donizete, Dátolo (André), Guilherme (Pierre); Diego Tardelli e Carlos. TÉCNICO: Levir Culpi SANTOS: Aranha, Cicinho, Neto, Eduardo Dracena, Caju; Arouca, Alison, Lucas Lima; Leandro Damião (Gabriel), Robinho (Geuvânio) e Thiago Ribeiro (Victor Ferraz). TÉCNICO: Enderson Moreira Gols: Diego Tardelli (aos 11'), Cicinho (contra) (aos 23' do 1º tempo); Diego Tardelli (aos 8'), Thiago Ribeiro (aos 14'), Geuvânio (aos 38 do 2º tempo) Data: 25 de setembro de 2014 Motivo: Jogo válido pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro Estádio: Independência Cidade: Belo Horizonte Árbitro: Rodrigo Alonso Ferreira (CBF/SC) Árbitro Assistente: Alessandro Rocha de Matos (FIFA/BA) e Ângelo Rudimar Bechi (CBF/SC) Árbitros assistentes adicionais: Edmundo Alves do Nascimento (CBF/SC) e Alisson Sidnei Furtado (CBF/TO) Cartões amarelos: Alison, Neto e Edu Dracena (Santos); Carlos, André e Pierre (Atlético)