Euforia toma conta da torcida na nova casa do Palmeiras

Ciro Campos, Daniel Batista e Denise Bonfim
19/11/2014 às 23:24.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:05

Uma quarta-feira qualquer com um jogo pelo Campeonato Brasileiro que não valia título conseguiu mobilizar a região do estádio do Palmeiras, na zona oeste de São Paulo, para um clima típico de final. A reinauguração da casa do clube provocou euforia desde o começo do dia e reuniu milhares de torcedores par vivenciar um dia do orgulho de ser palmeirense, mesmo com a fase ruim vivida pela equipe e alguns problemas na arena.

A devoção pelo time superou até mesmo o orgulho pátrio. Na hora do Hino Nacional, momentos antes do pontapé inicial, alguns torcedores trocaram os tradicionais versos da letra para acompanhar o ritmo com os gritos de "Meu Palmeiras", algo incomum de se ouvir na época de jogos no Pacaembu.

A expectativa por ver a equipe jogar na própria casa depois de mais de quatro anos foi a principal arma para superar alguns problemas típicos de inauguração. O primeiro deles foi chegar ao estádio. A importância do jogo, somada à véspera de feriado, deixou as ruas bastante congestionadas e foi preciso ter paciência para se aproximar do Allianz Parque.

A entrada no estádio também exigiu paciência. Sem cartazes indicativos dos portões, muitos torcedores ficavam parados em filas erradas e precisavam recorrer às instruções dos orientadores. A abertura dos portões atrasou, mas nem assim quem aguardou estava desanimado. Até os policiais que faziam a segurança do evento filmaram e tiraram fotos no momento em que os primeiros fanáticos começaram a ocupar os assentos.

O empenho para conseguir entrar levou alguns a tomar decisões extremas. A reportagem flagrou dois torcedores pulando o portão da sede social para tentar ter acesso ao estádio minutos antes do início do jogo. Mais cedo, houve um princípio de tumulto na entrada da torcida visitante e a Polícia Militar precisou intervir.

Quem estava sem ingresso tentou comprar entradas na torcida do Sport. Uma grande fila se formou na bilheteria, que atrasou mais de duras horas para abrir. Quando as vendas começaram, os policiais decidiram, por medida de segurança, selecionar quem poderia entrar no estádio.

O primeiro passo foi barrar a entrada no setor destinado à torcida do Sport para quem estava com a camisa do Palmeiras, mas como a medida não adiantou, a polícia resolveu permitir a entrada somente de quem apresentasse a carteira de identidade registrada em Estados do Nordeste. A segurança no local foi reforçada com a chegada de um veículo da Tropa de Choque, mas não houve grandes tumultos.

O estádio ainda vai precisar receber algumas melhorias para as próximas partidas. Em áreas internas, há poeira e restos de construção. A tribuna de imprensa funcionou em um local improvisado.

Ainda assim, nada disso amenizou a euforia dos palmeirenses em ver o time como mandante em um estádio tão moderno. A inédita experiência foi amplamente documentada em vídeos e fotos dos felizardos presentes em uma noite histórica para o clube.
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