Julgamento do 2º réu do caso Mércia começou hoje

Agencia Estado
29/07/2013 às 13:09.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:29

O júri do vigia Evandro Bezerra Silva, acusado de participar do assassinato da advogada Mércia Nakashima em 2010, começou às 10h desta segunda-feira, 29 no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), ele deu carona ao ex-PM Mizael Bispo de Souza, namorado da vítima, que foi condenado a 20 anos de prisão em março deste ano, após protagonizar o primeiro júri televisionado do Estado.

Apesar do pedido da defesa, a Justiça negou as imagens ao vivo no julgamento de Evandro - segundo funcionários do tribunal, também houve menos interesse das redes de TV. A juíza Maria Gabriela Riscale Tojeira será a responsável por presidir o júri.

O vigia, preso na Penitenciária 2 de Tremembé, alega inocência. Segundo o MPE, se condenado, ele deverá ter pena menor, pois apenas sabia do plano de Mizael e o ajudou a fugir. O promotor Rodrigo Merli quer mostrar, no entanto, que o réu "não é um bom moço", e que sua participação no crime não foi tão indireta quanto alega a defesa. O advogado Alexandre de Sá Domingues é o assistente de Merli na acusação.

O advogado de Evandro, por sua vez, Aryldo de Oliveira, afirma que vai apresentar "uma bomba" no plenário. Ele não adiantou do que se trata, mas falou que será uma revelação sobre Mércia.

Júri

Os sete jurados do caso serão sorteados a partir de uma lista com 15 nomes. Entre as testemunhas, foram arroladas quatro de defesa, quatro de acusação e duas de juízo (convocadas pela juíza), cujos nomes foram mantidos em sigilo.

Entre as testemunhas de acusação, estão o delegado Antonio de Olim, responsável pelas investigações na época, o investigador Alexandre Simone, o engenheiro Eduardo Amato Tolezani, e o advogado Arles Gonçalves, integrante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele acompanhou o depoimento de Evandro e foi convocado pela promotoria para atestar que o réu não foi torturado no interrogatório policial, como alega a defesa.

O delegado Olim, que na época estava no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também vai ser ouvido como testemunha de defesa. Além dele, foram arrolados para a defesa Josefa Mariana dos Santos, ex-mulher de Evandro, Luiz Araújo Sobrinho, feirante amigo de Evandro, e Márcio Nakashima, irmão de Mércia. De acordo com o assistente de acusação, ele foi chamado depois que uma outra testemunha desistiu.

A mãe de Mércia, Janete Nakashima, e outra irmão, Cláudia Nakashima, também compareceram ao julgamento.
http://www.estadao.com.br

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