Mulher suspeita de matar marido é presa com o amante

Thais Oliveira - Hoje em Dia
27/06/2014 às 16:01.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:10
 (Divulgação/Polícia Civil)

(Divulgação/Polícia Civil)

Uma mulher e o amante foram presos nesta sexta-feira (27), pela Polícia Civil, suspeitos de terem cometido homicídio duplamente qualificado. A cuidadora de idosos Marcilene Isabel da Silveira, de 49 anos, e o caminhoneiro Maurício Gioni, de 59 anos, teriam assassinado o funcionário público Vicente de Paula, de 58 anos, para ficar com a herança da vítima. O crime aconteceu no último dia 28 de março, no bairro Concórdia, região Nordeste de Belo Horizonte. Francisco de Assis Mendes Vieira, de 36 anos, também foi preso sob a suspeita de ter sido contrato pela dupla para executar o crime.   De acordo com a PC, Marcilene estava envolvida extraconjugalmente com Maurício desde dezembro de 2013. Pouco depois do romance começar, ela teria pedido o divórcio a Vicente, que negou. Os dois eram casados em comunhão total de bens e, segundo a PC, ela queria ficar com toda a herança.   Marcilene é acusada pela PC de ter planejado o crime. Para motivar o amante a participar do assassinato, a cuidadora de idosos teria inventado que sofria agressões físicas do marido. E, para passar a imagem de que a vítima era uma pessoa digna de suspeitas e dar ainda mais veracidade a história, Marcilene teria colocado soníferos na comida de Vicente para que ele não chegasse no horário certo no trabalho.    Segundo a Polícia Civil, no dia 28 de março deste ano, Marcilene convidou Vicente para conversar sobre a separação em uma praça, na rua Purus, no bairro Concórdia. Foi, então, que Maurício teria golpeado o funcionário público na cabeça com uma chave 11x8 com cano de ferro soldado, provavelmente uma ferramenta usada em caminhões. Ainda de acordo com a PC, Francisco, que teria sido contrato para executar o homicídio, também estava na cena do crime com uma faca, mas, ao perceber que Vicente já havia morrido, não o teria golpeado. Com a intenção de atrapalhar as investigações da polícia, Francisco teria “plantado” uma bucha de maconha no bolso da blusa que a vítima usava no momento.   Ao chegar em casa, Marcilene teria dito à família que havia sofrido uma tentativa de assalto, mas que conseguiu fugir dos bandidos e não sabia o que tinha acontecido com Vicente. Ela argumentou que Vicente não devia ter conseguido correr devido a um problema na coluna.    A PC informou que as suspeitas sobre a participação de Marcilene no crime surgiram quando, logo depois da morte do marido, ela apresentou as documentações para receber alguns benefícios, como o seguro de vida da vítima. Além disso, a cuidadora de idosos havia feito empréstimos no nome do casal. Parte desse dinheiro seria para pagar Francisco para executar o crime, que nega ter recebido alguma coisa. Outro indício que colabora para acreditar que Marcilene estaria envolvida no assassinato é o seguro contra incêndio feito por ela para a casa de Maurício, localizada em São Paulo. O seguro foi descoberto pela família de Maurício, que também é casado e está em processo de separação. Caso a residência do amante pegasse fogo, seria pago um valor estimado em R$ 50 mil.   Segundo a PC, os três suspeitos confessaram o crime e vão responder por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima. Marcilene conta com os agravantes de “traição, emboscada ou mediante dissimulação”. Francisco era o único dos três que já tinha antecedentes criminais por porte ilegal de arma, além de ser conhecido pela vizinhança do bairro onde mora por estar ligado ao tráfico de drogas.    Marcilene está presa temporamente no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte, e Maurício e Francisco no Ceresp Gameleira, região Oeste da capital mineira. 

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