Corredores de ônibus de SP expõem pedestres a riscos

Bruno Ribeiro e Mônica Reolom
07/10/2012 às 08:09.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:52

Principal modal de transporte da metrópole, os ônibus que trafegam pelos corredores exclusivos de São Paulo colocam diariamente pedestres em perigo. Veículos e corredores não seguem padrões de segurança estipulados por técnicos da própria Prefeitura para evitar atropelamentos. As falhas vão de problemas estruturais, como ausência de grades para ordenar o fluxo de pedestres, à falta de manutenção, como semáforos queimados. As más condições de segurança são atestadas em um estudo realizado pela equipe da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), publicado neste mês.

A reportagem percorreu oito dos dez corredores da cidade para verificar o cumprimento das recomendações - as exceções foram o Expresso Tiradentes e o Corredor Paes da Barros, ambos na zona leste. Em todas as vias exclusivas visitadas há falhas de segurança. Parte do percurso foi feita na companhia do engenheiro de trânsito Luiz Célio Bottura, ex-ombudsman da CET para a Campanha de Proteção ao Pedestre.

A necessidade de mais segurança nos corredores fica evidente ao se observar as estatísticas de morte no trânsito. No ano passado, uma pessoa morreu atropelada por ônibus a cada três dias na metrópole. Foram 109 ocorrências. Neste ano, foram 60 casos apenas nos corredores.

Os usuários do transporte público em sua rotina de deslocamentos pela cidade também são capazes de relatar os perigos apontados pela CET. "Trabalho aqui (na Estrada do M'Boi Mirim, na zona sul) e já vi duas pessoas morrerem atropeladas. O pessoal atravessa a rua no meio do trânsito parado e o ônibus acerta em cheio. Tem motorista de ônibus que anda feito louco também", diz o comerciante Antônio Dario, de 56 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br

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