O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, convocou uma entrevista para a manhã desta terça-feira para explicar a contratação do atacante Alan Kardec, do Palmeiras. Ao entrar na sala onde falaria com os jornalistas, o dirigente abriu uma sacola e retirou dela quatro cachos da bananas. Porém, descartou que exibiu as frutas para provocar o clube rival, mas sim, por se tratar de um ato de apoio à campanha contra o racismo.
"De forma alguma as bananas são alguma resposta ao Palmeiras e ao presidente Paulo Nobre. Não foi para provocar", comentou. "Li nos jornais mais cedo a repercussão imensa contra o ato racista sofrido pelo Daniel Alves no último domingo, na Espanha. A caminho do Morumbi, passei no supermercado e resolvi comprar bananas para demonstrar meu apoio à causa", disse.
No começo da entrevista, o presidente chegou a comer uma banana, mas ao ser perguntado se as frutas seriam para provocar o Palmeiras, mostrou arrependimento com o que fez. "Espero não ser mal interpretado", comentou. Ainda assim, durante a entrevista, Aidar deu declarações contundentes contra o presidente do rival, Paulo Nobre, que na última segunda-feira o chamou de sorrateiro e antiético.
"Outros clubes também tinham tentado contratar esse atleta. O fato é que o São Paulo foi o mais rápido. Se perder o atleta para um concorrente estremece a nossa relação, isso mostra de novo a pequenez da atitude. Os clubes são maiores que cada um de nós e seus dirigentes. Se isso interferir na nossa convivência, paciência", comentou.
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