Pesquisa potencializa produção de cafés especiais

Hoje em Dia
08/07/2015 às 11:13.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:49
 (Divulgação)

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A Expocafé 2015, a maior feira do agronegócio café, em máquinas e insumos, encerrou no final de semana suas atividades em Três Pontas com saldo de negócios gerados e prospectados de R$ 230 milhões, número 15% maior que o do ano passado. Um dos destaques foi a apresentação de uma nova cultivar de excelente qualidade. Com grãos graúdos e alta produtividade, a cultivar de café Aranãs, lançada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), pode ser mais uma opção para a produção de cafés especiais. As pesquisas, que tiveram início há 30 anos, foram conduzidas pelo programa de melhoramento genético do café da Epamig, com o objetivo de potencializar materiais genéticos para a cafeicultura mineira. Outras cultivares de café já lançadas, como Araponga, Catiguá MG1 e Catiguá MG2, também produzem cafés de excelente qualidade sensorial, tanto para as condições do cerrado quanto para a região sul de Minas.


De acordo com o pesquisador da Epamig, César Botelho, a avaliação das quatro primeiras safras, em área experimental no Vale do Jequitinhonha, apontou produtividade média de 56,48 sacas por hectare, com prova de bebida de 88 pontos na escala da BSCA, na última safra. Coordenador do Programa de Cafeicultura da Epamig, ele explica que a demanda por cafés especiais no mercado brasileiro e mundial vem crescendo em proporções maiores do que a por cafés comuns. “O componente genético é representativo na definição do sabor e aroma do café. Por isso, o plantio de variedades especiais é um dos caminhos para a produção de um café diferenciado. A opção por café de qualidade começa no planejamento do plantio.”


O cafeicultor Sérgio Meirelles, que também investe na produção de cafés de qualidades, iniciou, nos últimos anos, o cultivo de variedades de café com características importantes para a produção de bebidas diferenciadas. “Recentemente, iniciei a comercialização de cápsulas. Era um mercado restrito a duas marcas, mas hoje é possível terceirizar o encapsulamento do café. Já são cerca 60 empresas que prestam esse serviço”, afirma. Sérgio Meirelles conta que com uma saca de café superespecial comercializada entre R$ 700,00 e R$ 1 mil é possível produzir 10 mil cápsulas de café, com um faturamento de R$ 16 mil.


Marcelo Malta, pesquisador da Epamig, explica que a qualidade do café é determinada também durante o processo de torração. “Outras etapas vão influenciar de maneira importante na qualidade do café obtido, como a época e o tipo de colheita, o método de preparo e a forma de secagem utilizada.”
 

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