(Flávio Tavares)
Um grupo de peemedebistas divulgou na última quinta-feira (15), na sede do partido, manifesto em defesa da candidatura própria ao governo do Estado. Formado por quadros “históricos”, o grupo que lidera o manifesto não conta com participantes detentores de mandato. O manifesto é assinado por oito convencionais do PMDB, porém o grupo informou que 213 delegados já se manifestaram favoráveis à candidatura própria, desde que o senador Clésio Andrade retirou sua pré-candidatura, em abril. Com a desistência dele, foi criado um grupo de trabalho que prega a candidatura, em vez de apoio ao PT.
“Queremos exercitar a democracia, dar aos convencionais do partido o direito de escolher o caminho a ser seguido”, assinalou o presidente da Fundação Ulisses Guimarães, ex-deputado Zaire Rezende. A sigla terá mais de 700 delegados à convenção estadual. “Lutamos para que os delegados do partido possam votar e escolher entre um nome próprio do partido ou o apoio eleitoral ao PT”, disse o ex-senador Ronan Tito.
Segundo Ronan, haverá consulta às bases do partido. Pelo menos dois nomes são cogitados: o deputado federal Leonardo Quintão e o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar.
Ao mesmo tempo em que o manifesto era lançado, o presidente do PMDB em Minas, deputado federal Antônio Andrade, participava do evento que marcou o apoio do PCdoB a Fernando Pimentel (PT).
Andrade considerou natural a iniciativa de seus pares. “O PMDB é democrático, damos espaço a todo tipo de opinião. Não podemos de forma nenhuma coibir isso”. Para Andrade, o melhor no momento é a composição com o PT.