(Aston Martin)
Sem um grande grupo por trás, a Aston Martin opera como se fosse um fabricante artesanal. Daí, a longevidade de cada geração de seus modelos (V8, DB e Vanquish) ultrapassam uma década sem o menor constrangimento. Mas até mesmo uma marca de pequeno volume precisa inovar e a resposta veio como o Vulcan.
Como não poderia ser diferente, trata-se de um cupê, no melhor estilo Gran Turismo, com capô longo (que abriga um imenso V12 7.0, que segundo a marca oferece mais de 800 cv) e traseira curta. Mas longe de ser um automóvel para aproveitar as curvas das estreitas estradas vicinais da Europa, o Vulcan foi projetado para pistas.
Basta reparar o gigantesco aerofólio, os extratores traseiros, na tubulação de escape, nas laterais, e nos bancos de competição com apêndices de apoio para o capacete. Esse aí nem James Bond, o mais popular consumidor da marca, colocará suas mãos. Tanto que para o próximo filme (Spectre), 007 terá que se contentar com novíssimo DB10, que nem lançado foi, mas é mais adequado para as locações e habilidades do agente secreto.
Herança
Segundo a Aston Martin, o Vulcan foi projetado de acordo com a experiência que a marca teve no mundial de Endurance da FIA, além de receber itens oriundos de modelos como o Vantage V12 S, o exclusivíssimo One 77, assim como o Vantage GT4, de pista. Das pistas vieram o monobloco em fibra de carbono, assim como o sistema de suspensão com ajuste dinâmico (DSSV), e os enormes kits de freio Brembo, com discos de 380 mm nas rodas dianteiras e 360 mm nas traseiras.
Por dentro, seu painel digital, semelhante aos bólidos de corrida, oferece informações sobre diversos parâmetros do cupê, para que o “piloto” tenha a melhor performance a cada volta.
Com fabricação restrita a apenas 24 unidades, uma ampla oferta de personalização de acabamento e cores, é muito difícil que algum comprador decida colocá-lo na pista. No máximo uma volta rápida.