Ministério Público denuncia oito pessoas por mortes suspeitas em UTI

Estelita Hass Carazzai - Folhapress
11/03/2013 às 17:48.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:47

CURITIBA - O Ministério Público do Paraná denunciou oito pessoas na tarde de hoje sob a acusação de anteciparem mortes de pacientes para liberar leitos na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba.

Entre os acusados, quatro são médicos, três enfermeiros e um fisioterapeuta. Seis deles devem responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e sem chance de defesa, e formação de quadrilha. Outros dois devem responder apenas pelo crime de formação de quadrilha.

Virgínia Soares de Souza, que chefiava a UTI do Evangélico, foi denunciada sob acusação de ter antecipado sete mortes. Ela está presa desde o dia 19 de fevereiro e nega os crimes.

Ainda não há informações sobre os demais acusados. Na denúncia, o Ministério Público os descreve como "possuidores do poder de decretar o momento da morte".

Ainda segundo o MP, medicamentos foram ministrados mesmo quando não havia justificativa terapêutica registrada no prontuário.

Investigações

No domingo (10), a médica Virgínia Soares de Souza, 56, defendeu-se das acusações por meio de uma gravação divulgada no "Fantástico", da TV Globo.
"Nunca fui negligente, nunca fui imprudente, nunca tive uma infração ética registrada e exerci a medicina de forma consciente, correta. Não sou Deus. não sou perfeita, erros podem ter acontecido, jamais de forma intencional", afirmou.

O inquérito policial se baseia em denúncias de ex-funcionários e escutas telefônicas em que a médica afirma, entre outras coisas, que quer "desentulhar" a UTI e fala em "desligar"!pacientes.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por