Ex-presidente da Lusa procura Ministério Público para se defender

Estadão Conteúdo
03/12/2014 às 21:12.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:16

Manuel da Lupa, ex-presidente da Portuguesa que é um dos investigados pelo Ministério Público de São Paulo no inquérito sobre a escalação irregular do meia Héverton na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013, se apresentou espontaneamente ao órgão para prestar esclarecimentos. Ele prometeu entregar seus informes de rendimento, declarações de patrimônio e faturas telefônicas, além das contas bancárias em seu nome.

Durante a investigação do caso, Da Lupa foi apontado como uma das pessoas que teria conhecimento de que Héverton não poderia ser utilizado naquele jogo contra o Grêmio, mas que, mesmo assim, não teria feito nada para impedir. Por causa da escalação do jogador, a Portuguesa foi punida com a perda de quatro pontos e acabou rebaixada para a Série B.

Além de Da Lupa, o MP citou o advogado Valdir Rocha, que atuava no departamento jurídico do clube, o ex-diretor de futebol Roberto dos Santos e outros dois funcionários não identificados como aqueles que sabiam sobre a suspensão de Héverton, mas não transmitiram a informação para a comissão técnica da Lusa. "Ele ratificou a versão que já havia apresentado. Ele terá 15 dias para entregar os documentos", afirmou o promotor Roberto Senise Lisboa, após o encontro com o ex-presidente da Lusa.

Da Lupa também é alvo de uma investigação interna da Portuguesa, conduzida pela Comissão de Ética do Conselho Deliberativo, que avalia a responsabilidade da gestão anterior no rebaixamento do clube. Assim, ele corre o risco até de ser expulso da Lusa.

Alegando inocência, Da Lupa aproveita para criticar a atual diretoria da Lusa, agora sob o comando do presidente Ilídio Lico, que, segundo ele, é responsável pelo recente rebaixamento para a Série C do Brasileiro. "O time é ruim, a diretoria, horrível e totalmente incompetente. Se não trabalhar direitinho, vai cair no Campeonato Paulista e para a Série D do Campeonato Brasileiro", disse o ex-mandatário.

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