Liberação de obra em Belo Horizonte deixa todos sem rumo

Elemara Duarte - Do Hoje em Dia
02/12/2012 às 08:04.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:59
 (SAMUEL COSTA)

(SAMUEL COSTA)

No primeiro dia da reabertura da avenida Santos Dumont para o tráfego de ônibus, a maioria dos comerciantes ainda não pôde comemorar a volta do público aos seus estabelecimentos. As margens da avenida estão com tapumes da obra. Na visão dos lojistas, isso continua a restringir o tráfego e deixa várias lojas e lanchonetes – especialmente aquelas no meio dos quarteirões – completamente vazias e contabilizando ainda mais prejuízos.

No final da manhã de sábado (1º), mesmo com a distribuição de panfletos pela BHTrans com o mapa de onde estão os novos reativados, muitos pedestres que se aventuravam a pegar ônibus estavam perdidos. A vendedora Graziele Cristina Pimenta, 33 anos, estava entre eles. “Moro em Neves. Pela manhã, desci na rua Caetés, agora, o ponto é em outro lugar, que ainda não achei”.
 
A reportagem do Hoje em Dia flagrou alguns motoristas de ônibus ignorando passageiros nos novos pontos. “Trabalhando, não. Sofrendo. Enquanto não terminar essa obra”, lamenta o gerente da loja Evolução Calçados, Sidnei Luiz. Ele argumenta que as pessoas estão com o 13º salário no bolso e mesmo assim, a loja estava vazia.

O local está no meio do quarteirão, e Luiz atribui aos tapumes a dificuldade para que clientes acessem a loja. A assessoria da Prefeitura de BH informou que os tapumes continuarão no local, pois as obras não terminaram e que isso foi acordado com os lojistas. A previsão é que eles sejam retirados no final de 2013.

A proprietária da JC Lanches, Cristina Novaes, também não viu sombra de cliente na manhã de ontem. “Estou lutando para não fechar. Tivemos que dispensar funcionários”. Ela lembra que, durante as obras, a lanchonete foi arrombada várias vezes, por falta de policiamento. “Os bandidos chegaram a fazer um churrasco aqui de madrugada”.

Os comerciantes das esquinas tiveram um pouco mais de sorte. Na Primavera Presentes, esquina de Santos Dumont com Rio de Janeiro, a gerência pretende liquidar no Natal o estoque do Dia das Crianças com preços 40% mais baixos.

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