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O Uni-BH confirmou que o professor Raphael Maia, do curso de Gestão de Segurança Privada, foi punido por ter elaborado uma prova da disciplina de Fundamentos do Direito com questões provocativas ao Cruzeiro. Apesar da medida, a instituição não informou a pena aplicada e se o professor será ou não demitido. O caso aconteceu na última segunda-feira, quando os alunos de Raphael foram surpreendidos com o teor de algumas da prova final. A número 1, por exemplo, trazia o seguinte enunciado: Dona Maria Celeste, italiana naturalizada brasileira, de 93 anos, moradora do bairro Enseada das Garças, em Belo Horizonte, vem tendo constantemente, problemas com seu vizinho, que acabou se transformando em arqui-inimigo. Depois de sofrer muitas humilhações, decidiu que a única forma de se dar bem em cima de seu vizinho é entrando na política. Ela poderá se candidatar a todos os cargos abaixo, exceto: a) Prefeita de Belo Horizonte; b) Governadora de Minas Gerais; c) Presidenta do Brasil; d) Deputada Federal. Raphael não citou o nome do Cruzeiro, preferindo utilizar a metáfora. Noventa e três anos é a idade do clube, enquanto Enseada das Garças é o bairro onde está localizada a Toca da Raposa II, centro de treinamento do Cruzeiro. Em outras questões, como a quatro, ele foi direto. “Dagoberto Palentier (jogador do Cruzeiro) é um conhecido contrabandista de cosméticos foragido da polícia. Com um mandado judicial em mãos, o General Leandro Donizete entrou na casa de Dagoberto na quarta-feira à noite, deu-lhe um tapa na cara e efetuou a prisão. A atitude de Leandro Donizete foi: a) correta, uma vez que possuía mandado judicial; b) incorreta, porque a prisão não foi em flagrante; c) incorreta, porque foi à noite; d) correta, porque ele era foragido da Justiça. Nesta sexta-feira (6), tanto o twitter quanto o facebook do professor já estavam desativados. Apenas o blog de Raphael, com várias postagens declarando amor ao Atlético seguia no ar. Em seu perfil no blog, ele se identifica como “mestre em direito e instituições públicas, advogado por opção, servidor público por vocação e professor por paixão. Cristão, católico convicto e atleticano”. A reportagem do Hoje em Dia tentou contato com o professor mas ele preferiu não comentar a situação. Procurado por meio de sua assessoria de imprensa, o Cruzeiro desconhecia o assunto e não fez qualquer comentário.