Ocupação do Complexo do Alemão chega às telas dos cinemas brasileiros

Pedro Artur - Hoje em Dia
13/03/2014 às 08:44.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:36
 (AgNews)

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A partir desta quinta-feira (13), e de forma definitiva, todas as estreias dos cinemas no país passam a ser às quintas-feiras, e não mais às sextas, como até então. E um dos destaques que balizam a nova medida é “Alemão”, de José Eduardo Belmonte, um thriller policial e psicológico, que tem lançamento em todo o país.   O filme aborda, de forma ficcional, a ocupação do complexo de mesmo nome (localizado no Rio de Janeiro), ocorrida em 2010, para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no local. Cinco policiais da inteligência são infiltrados no complexo, mas, descobertos, buscam uma maneira de fugir.   A partir daí ficam encurralados, são perseguidos e passam por situações de enorme conflito psicológico e de desconfiança. É nesse clima de alta tensão, ansiedade, muito suspense e ação de tirar o fôlego – em pelo menos dois momentos cruciais do filme – que caminha a iniciativa dirigido por Belmonte, calçada no roteiro de Gabriel Martins e com fotografia de Alexandre Ramos.   Numa das cenas, Carlinhos, um dos policiais infiltrados (vivido por Marcelo Mello Jr), abandona o “aparelho” por conta do amor de uma moradora, irmã do traficante Negão. Armas são colocadas frente a frente num duelo ao que parece comum nos morros cariocas e em outros cantos do Brasil. Numa outra cena marcante, o espectador se depara com a invasão de uma pizzaria pelos marginais, com direito a tiro de bazuca e o uso de granadas.   No longa, os atores Caio Blat, Gabriel Braga Nunes (atualmente, protagonista da novela das oito da Globo, “Em Família”), Marcelo Mello Jr., Milhem Cortaz e Otávio Muller interpretam os policiais infiltrados, que têm suas identidades descobertas pelo chefe do tráfico local, “Playboy”, vivido por Cauã Reymond.   Em outro momento tocante, de grande emoção, o delegado que chefia a operação, interpretado por Antônio Fagundes, recebe um telefonema avisando que o filho, um dos policiais infiltrados, morreu num confronto. A cena, bruta, é de um realismo fantástico.   Cadê o Amarildo?   Nas cenas “acessórias” do filme, o diretor capta imagens das manifestações de junho no país, especialmente as que fazem alusão ao sumiço do pedreiro Amarildo, em julho do ano passado. Ele desapareceu após ter sido preso por policiais da UPP da Rocinha.

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