Jovem que tramava abusar da filha antes mesmo do nascimento é condenado a 7 anos de prisão

Hoje em Dia*
17/03/2015 às 13:27.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:22

Um jovem de 26 anos foi condenado a 7 anos e 9 meses de prisão por publicar na internet fotografias com cenas de sexo explícito e pornográficas envolvendo crianças e adolescentes. O homem, que se apresentava na web pelo apelido de “Sadobaby”, é morador de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Ele foi preso em 24 de fevereiro de 2014, quando a sua esposa estava grávida de oito meses e já estava fazendo planos de abusar do bebê após o nascimento, como revelaram várias conversas resgatadas de seu computador pela perícia.   A condenação foi obtida após o Ministério Público Federal (MPF) entrar com uma ação contra o jovem, que terá também que pagar 52 dias-multa. Conforme o órgão a escolha do apelido “Sadobaby” se deu em razão de preferência sexual do homem por bebês.   O MPF recorreu pedindo o aumento das penas impostas ao acusado, porque elas teriam ficado “aquém do previsto em lei e não refletiram adequadamente a gravidade das condutas praticadas por ele”. Nos diálogos mantidos pela internet, ele manifestava orgulho em ser pedófilo, diz que já teria abusado de um bebê de oito meses e estimulava outros internautas a também abusarem de crianças.    No último dia 11 de março, ao contestar o recurso interposto pelo réu, o Ministério Público Federal ainda argumentou que a sentença deixou de considerar, entre as circunstâncias do crime, a “tenra idade das crianças retratadas nas imagens de pornografia infantil armazenadas e compartilhadas pelo apelado, a grande maioria ainda bebês, de poucos meses”.   Os crimes foram descobertos pela Divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal. As investigações levaram ao criminoso, que, do momento em que recebeu o mandado de busca e apreensão em sua residência até o final da instrução processual, jamais negou a prática criminosa.    Segundo o MPF, as imagens e comentários sádicos feitos por ele na internet indicaram tratar-se de um possível abusador. Em seu poder, foram encontrados 530 arquivos contendo material pedófilo. O material estava armazenado tanto no disco rígido do computador apreendido em sua residência, quanto em pendrives e cartões de memória. Os peritos também detectaram que ele ofereceu e disponibilizou imagens a outros pedófilos, pela internet, além de ter publicado 20 fotografias da mesma natureza em um site de compartilhamento.   Para o magistrado que julgou o caso, a conduta do acusado “merece maior reprovação social, tendo em vista as consequências do crime praticado, diante da significativa quantidade de imagens de cunho pedófilo envolvendo bebês, crianças e adolescentes, divulgadas pela rede mundial de computadores, material este que pode ter influência negativa inclusive sobre gerações futuras”.   Ao proferir a sentença, ele manteve a prisão preventiva do abusador por considerar que seria “impossível a fixação de outro regime inicial de cumprimento de pena”, eis que o réu revelou sua intenção de colocar em prática suas fantasias sexuais com crianças, inclusive sua própria filha.   (*Com MPF)

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