Confiança do setor de construção recua no 4º trimestre

Gabriela Lara
20/12/2013 às 09:15.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:55

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 3,9% no trimestre encerrado em dezembro em relação ao mesmo período de 2012. O resultado interrompe a sequência de melhora do índice, que, mesmo em território negativo, vinha evoluindo favoravelmente nos últimos meses, considerando-se esta mesma base de comparação - o ICST registrou recuos de 4,6% em setembro, 4,3% em outubro e 3,7% em novembro.

Na comparação interanual mensal, o ICST piorou pelo segundo mês consecutivo: entre dezembro de 2012 e dezembro deste ano, a variação ficou negativa em 5,0% ante uma variação também negativa de 3,7% em novembro. De acordo com a FGV, o resultado geral da pesquisa sinaliza que o ritmo de atividade do setor, que vinha ganhando fôlego, é moderado na virada de ano.

Na análise trimestral, a piora do ICST é atribuída tanto à avaliação da situação corrente quanto às expectativas das empresas do setor. A taxa de variação interanual trimestral do Índice da Situação Atual (ISA-CST) passou de -5,9%, em novembro, para -6,2%, em dezembro. Já na comparação interanual mensal, o ISA-CST apresentou melhora relativa, ao variar -5,0% em dezembro, depois de registrar -5,7%, em novembro.

O Índice de Expectativas (IE-CST) mostrou relativa estabilidade nas comparações trimestrais, ao passar de -1,7% em novembro para -1,6% em dezembro. Na forma de comparação interanual mensal, houve piora considerável, passando de -1,8% para -4,9%, nos mesmos períodos de comparação.

Dos 11 segmentos pesquisados, seis apresentaram piora no ICST, na comparação interanual trimestral. Os destaques negativos ficaram com Obras de Arte Especiais e Obras de outros tipos, segmento cuja variação passou de -4,0%, em novembro para -7,6% em dezembro; e Obras de Acabamento, que variou de -8,3% para -11,2%, nos mesmos períodos.

A piora relativa do ISA foi influenciada pelo quesito evolução recente da atividade, que passou de -5,1% em novembro para -8,3%, em dezembro. Das 699 empresas consultadas, 21,9% avaliaram que o nível de atividade aumentou no trimestre findo em dezembro, contra 27,9% no mesmo período do ano anterior; já 18% das empresas reportaram que a atividade diminuiu (contra 14,6%, em dezembro de 2012).

O quesito que mede o grau de otimismo com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes foi o que exerceu a maior pressão negativa para o recuo do IE. A variação interanual trimestral deste item passou de -2,0%, em novembro para -2,6%, em dezembro. A proporção de empresas prevendo melhora da situação na média do trimestre findo em dezembro é de 37,5%, contra 39,8% há um ano, enquanto a parcela das que estão prevendo piora foi de 6,1%, contra 5%, em dezembro de 2012.
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