(Secretaria de Comunicação Social/Prefeitura Ipatinga)
Geólogos a serviço do governo federal estão em Ipatinga, no Vale do Aço, para avaliar e catalogar as áreas críticas atingidas pelas chuvas do final do ano. A proposta é que essas áreas e imóveis sejam georeferenciados (identificados por GPS) e monitorados. O diagnóstico também será utilizado para a elaboração de projetos de reconstrução que serão encaminhados ao governo federal. Os geólogos Adriana Gomes de Souza e Ítalo Prata de Menezes são da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), ligada ao Ministério de Minas e Energia. Eles chegaram sexta-feira e ficarão na cidade até concluírem os levantamentos que estão sendo feitos com acompanhamento de técnicos das secretarias municipais de Segurança e Convivência Cidadã, de Obras Públicas e de Serviços Urbanos e Meio Ambiente. “Vamos realizar uma ação de emergência para identificar as residências danificadas e prevenir situações de riscos, avaliando questões técnicas importantes, como os tipos de construções e as condições do terreno”, explicou Menezes. “Temos muito trabalho pela frente e contamos com o apoio do governo federal para superar essa situação de dificuldade”, diz a prefeita Cecília Ferramenta (PT). Ela decretou estado de emergência e aguarda ajuda para reconstruir a cidade onde 58 famílias ficaram desabrigadas e uma morreu. CEDEC Técnicos da Defesa Civil de Ipatinga participarão hoje (7) da reunião que a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), vai realizar em Governador Valadares para orientar sobre a elaboração do plano que deve descrever os recursos emergenciais necessários para restabelecimento da normalidade. O encontro, realizado em parceria com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, é a segunda etapa do workshop que aconteceu sábado (28), quando técnicos da Cedec passaram orientações sobre os trâmites burocráticos para o recebimento de recursos para recuperação das áreas atingidas. Ele vai acontecer às 9 horas na sede da 8ª Região Integrada de Segurança Pública (8ª RISP) e deve reunir 44 cidades. Além de ser polo do Leste de Minas, Valadares também sofreu com intensas e ininterruptas precipitações pluviométricas que provocaram a elevação do nível normal dos córregos, canais, lagoas e rio Doce. Além de inundações, ocorreram deslizamentos e desmoronamentos com duas mortes e dez feridos. Foram 372 desabrigados, 1.740 desalojados e um total de 35.124 afetados. Em dois dias do mês de dezembro, choveu 270 mm, índice 67% acima da média tradicional do mês de dezembro inteiro. O valor total dos prejuízos públicos, de acordo com a prefeitura de Valadares, é de cerca de R$ 15,4 milhões.