O Ministério Público de Minas Gerais denunciou nesta quinta-feira (24), 41 integrantes de uma ramificação do Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa centralizada em São Paulo, que atuavam em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Segundo o órgão, eles são acusados de furto de veículos, roubos, tráfico de drogas, arrombamento e explosão de caixas eletrônicos, formação de quadrilha, corrupção de menores e tortura. Segundo inquérito policial instaurado em 2013, as ordens para as ações criminosas partiam de uma penitenciária em Uberaba, de onde os integrantes presos do PCC se comunicavam com os criminosos fora da cadeia. “Mesmo com a prisão de alguns e a transferência de outros integrantes do grupo para presídios distantes, verificou-se que seus membros continuaram a agir dentro e fora da penitenciária, pois a organização possui estrutura capaz de aparelhar os associados presos e alguns familiares deles, que, em certos casos, davam continuidade aos ‘negócios’ ilícitos fora das prisões”, informou o MP. Ainda conforme a denúncia, a investigação concluiu que o grupo atuava no bairro Conjunto Alfredo Freire, com o nome de Família AF, e que seus integrantes promoviam festas no local com o objetivo de aliciar jovens e conquistar o apoio da comunidade. Além disso, o inquérito apontou que organização criminosa possui dez lojas de venda de drogas espalhadas pelo estado de Minas.