Já dura mais de 4 horas a primeira audiência de instrução com o acusado de matar a advogada e fiscal aposentada do Ministério do Trabalho, Maria Lúcia dos Santos Miranda. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por volta das 18h40, o juiz Guilherme Sadi ainda colhia o depoimento das testemunhas da defesa e da acusação. A previsão é de que o servente de pedreiro Rafael Santos Silva, assassino confesso, seja ouvido no fim da noite desta quinta-feira (22). Maria Lúcia dos Santos Miranda, de 70 anos, foi estrangulada em sua casa, no bairro Carlos Prates, no dia 12 de fevereiro deste ano. A audiência desta quinta é realizada na 3ª Vara Criminal. A filha da vítima, Vânia dos Santos Miranda Paiva, acompanha pessoalmente a audiência. "Estou muito satisfeita com o trabalho do Ministério Púbico em buscar a pena máxima para esse crime hediondo. O empenho da promotora, Marina Kattah, me deixa mais confiante de que a justiça será feita", afirma Vânia. O crime Segundo o Boletim de Ocorrência da PM, no dia do assassinato, o suspeito revirou o imóvel da vítima, mas não furtou nenhum objeto de valor, apenas o celular e objetos pessoais da fiscal do Trabalho. Não havia indícios de arrombamento no imóvel e, segundo a polícia, o suspeito entrou na casa possivelmente usando uma cópia da chave e fugiu depois de trancar o portão do acesso principal. Para as polícias Militar e Civil, o invasor conhecia a aposentada e era familiarizado com a casa. As câmeras de segurança da rua filmaram um homem deixando o local às 19h40, no dia do crime.