CNI reduz projeção para PIB de 2012 de 3% para 2,1%

Célia Froufe
11/07/2012 às 12:12.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:29

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu para baixo suas projeções para uma série de indicadores de atividade para 2012. No caso da expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), a mudança foi de uma taxa de crescimento de 3% para 2,1%. Dessa forma, a CNI projeta que a economia brasileira crescerá menos este ano do que os 2,7% de 2011. Para o PIB industrial, a CNI revisou a projeção de expansão de 2% para 1,6%, patamar idêntico ao observado no ano passado.

Uma das maiores alterações apresentadas nesta quarta-feira por meio do Informe Conjuntural foi a projeção da entidade para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que deve se expandir este ano 2,5%. Na projeção anterior, apresentada em março, a CNI esperava um aumento da FBCF de 5,6%.

No caso do consumo das famílias, a projeção foi reduzida de 4% para 3,5%. A CNI manteve a expectativa de que a taxa de desemprego neste ano ficará em 5,5% da População Economicamente Ativa (PEA).

Selic - A CNI projeta que a Selic encerrará o ano em 7,5%. A perspectiva anterior da entidade era de que a taxa básica de juros da economia chegasse em dezembro em 9% ao ano. Com a nova projeção, a taxa média da Selic ao longo de 2012 deve ser 8,68% - em março, a CNI projetava uma taxa média de 9,39%.

A confederação manteve sua previsão de que o IPCA deve encerrar este ano em 5,00%. Com base nesse novo quadro, a taxa real de juros, já deflacionada pelo IPCA, deve ficar em 3,3% ante estimativa anterior de 4%.

A CNI revisou também sua previsão para o câmbio. A expectativa é a de que o dólar tenha uma cotação média de R$ 2,00 em dezembro. Em março, a entidade projetava R$ 1,80. Com a mudança, a média esperada para o ano pela CNI passou de R$ 1,80 para R$ 1,94.

A confederação projetou ainda um novo número para o saldo comercial brasileiro em 2012. No lugar da expectativa de um superávit de US$ 20,8 bilhões, a entidade espera agora um saldo de US$ 20,2 bilhões. Se for confirmado, esse resultado ficará bem próximo ao visto em 2010 (US$ 20,3 bilhões) e abaixo do volume registrado no ano passado (US$ 29,8 bilhões).

A nova expectativa contempla um volume de exportações de US$ 263,2 bilhões e de importações de US$ 243,0 bilhões. Nos dois casos, a entidade diminuiu suas projeções, já que em março previa vendas externas no valor de US$ 275,4 bilhões e compras internacionais de US$ 254,6 bilhões.

O saldo em conta corrente continuará deficitário para a CNI, mas em menor quantidade, já que a entidade diminuiu sua projeção para este ano, de US$ 58 bilhões para US$ 56 bilhões.

A confederação diminuiu ainda suas estimativas para o resultado das contas públicas em 2012. No caso do superávit primário, a entidade revisou o número de 2,75% do PIB para 2,50% do PIB. Para o déficit público nominal, a projeção antiga de 2,45% do PIB foi substituída pela de 2,40% do PIB. Em relação à dívida líquida, a taxa projetada caiu de 36% para 35,1% do PIB.
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