Contagem é Contra

Ministério da Economia define condições para a privatização da CeasaMinas

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
08/11/2022 às 17:30.
Atualizado em 08/11/2022 às 17:53

O Ministério da Economia publicou nesta terça-feira (8) uma resolução que estabelece ajustes e condições adicionais para a privatização das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S.A (CeasaMinas), em Contagem, na Grande BH.

A publicação altera as resoluções 186, de 27 de abril de 2021, e 220, de 16 de dezembro de 2021, editadas pelo conselho do Programa de Parcerias de Investimentos do Governo Federal. 

De acordo com o novo documento, a desestatização da CeasaMinas pode ser feita de três formas diferentes. O modelo I inclui a venda do terreno da central de abastecimento (áreas 2 e 3) pelo valor mínimo de R$ 169.230.000. O modelo II contempla a Ceasa sem o terreno, pelo valor no valor mínimo de R$ 254.369.397,20. E o modelo III propõe a venda da companhia com o terreno, no valor mínimo de R$ 423.599.397,23. 

Ainda de acordo com a resolução do Ministério da Economia, a CeasaMinas está autorizada a transferir para o estado os imóveis destinados à preservação do Mercado Livre do Produtor (MLP), nas unidades de Barbacena, Caratinga, Governador Valadares, Juiz de Fora e Uberlândia.

Em nota, a Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, disse que a eventual privatização irá acarretar na elevação do preço dos alimentos que são comercializados no local.

"A CeasaMinas também é uma empresa pública que gera lucro e, por isso, sua privatização não se justifica. O que vem acontecendo ao longo dos últimos anos é um sucateamento da empresa, que não reverte parte do que arrecada na revitalização da sua planta ou na modernização da sua gestão", concluiu a Prefeitura.

CeasaMinas
Repassada ao controle da União em 1996, a CeasaMinas tem mais de 128 mil empresas estabelecidas e pouco mais de 21 mil produtores rurais cadastrados.

São 45 mil clientes diretos e 12,6 milhões de indiretos no Estado. No total, são comercializadas cerca de 2,4 milhões de toneladas de alimentos todos os anos.

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