Assembleia de Minas exonera ex-prefeito ‘ficha-suja’

Amália Goulart - Hoje em Dia
31/07/2014 às 08:22.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:35
 (Reprodução)

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A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) exonerou, nessa quarta-feira (30), o prefeito cassado de Fronteira dos Vales, no Vale do Mucuri, Rozinê Sena de Oliveira (PSDB). A dispensa ocorreu três dias após o Hoje em Dia revelar que Rozinê havia sido contratado para exercer cargo de auxiliar administrativo na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.   O prefeito cassado foi contratado com salário de R$ 4.238,95. A nomeação foi assinada pelo presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro (PP), que também é candidato a vice-governador na chapa de Pimenta da Veiga (PSDB).   A exoneração também é assinada pelo pepista. Ela foi publicada no Diário Oficial do Legislativo dessa quarta-feira. Consta que a saída de Rozinê ocorreu “a pedido”.   Na terça-feira, Dinis disse que exoneraria o prefeito cassado, caso averiguasse que ele é mesmo “ficha-suja”. O tucano perdeu o mandato em outubro do ano passado por decisão colegiada do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Ele é acusado pelo Ministério Público Eleitoral de conduta vedada a agente público. Conforme a denúncia, Rozinê transportou potenciais eleitores à cidade de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, para que tirassem a carteira de identidade. Apenas com o documento é possível a requisição do título de eleitor. Rozinê era candidato à reeleição, no pleito de 2012, a prefeito de Fronteira dos Vales, na mesma região.   Para o Ministério Público Eleitoral e para o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), o então prefeito fez o transporte para que os futuros eleitores pudessem votar nele. O transporte foi feito em um micro-ônibus do Consórcio Intermunicipal de Saúde, conforme a denúncia, cedido irregularmente para a captação de votos.   O vice de Rozinê, Roberto Ferreira Silva (PDT), também foi cassado. Assumiu a administração o segundo colocado no pleito, Hayden Matos Batista (PR). A diferença de votos do primeiro para o segundo colocado foi de apenas 42. Rozinê obteve 1.745 votos. A coligação que o apoiou era eclética, pois reunia partidos nacionalmente rivais como DEM e PCdoB. Procurado pela reportagem, Rosinê não foi localizado.

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