Compra de Clayton pelo Atlético vira processo judicial entre empresário e Figueirense

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com
20/06/2016 às 19:05.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:58
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Ao montar um time com os renomados Robinho e Fred, o Atlético abriu o cofre para a contratação de uma promessa de 20 anos. Porém, o maior investimento do Galo em 2016 é motivo de briga judicial. O empresário Eduardo Uram, por meio da empresa Brazil Soccer, cobra do Figueirense R$ 1.977.550,00 milhão pela venda do atacante Clayton ao clube mineiro. O processo está em andamento na 2ª Vara Cível de Santa Catarina e foi revelado em primeira mão pelo site Meu Figueira.

O agente, antigo sócio do Figueirense, entrou na Justiça para requerer os 20% de direitos econômicos de Clayton. No documento de 214 páginas, é explicitado que a transferência do jogador ao Galo foi mediante um acordo de 2,5 milhões de euros, pagos em quatro parcelas de 625 mil euros, por 50% dos direitos econômicos do atacante. As duas primeira parcelas foram quitadas em 15 de março e 15 de maio. As duas finais tem prazo de pagamento em 15 de julho e 15 de setembro.

Mesmo não sendo apontado como réu no processo, o Atlético está envolvido na questão. Eduardo Uram solicita que o Galo deposite em juízo, no próximo vencimento do “Carnê Clayton”, 375 mil euros, referentes aos 20% das três primeiras parcelas. E que o alvinegro repita o gesto em setembro, com o depósito de 125 mil euros referentes aos 20% da última parcela de 625 mil.

“Estabelecidos os requisitos legais, mostra-se prudente que este juízo intime o Clube Atlético Mineiro para que deposite em juízo, em conta vinculada aos presentes autos, os valores passados, presentes e futuros, reservados à Autora na transação havida com o réu Figueirense Futebol Clube na aquisição dos Direitos Econômicos do atleta Clayton da Silveira da Silva, sob pena de multa diária e responsabilização pessoal do próprio clube pela dívida”, relata o processo Brazil Soccer x Figueirense.  

A negociação de Atlético e Figueirense por Clayton teve documentos anexados no processo:Reprodução


OUTRAS COBRANÇAS
Além de cobrar os 20% do pagamento de 2,5 milhões de euros, a Brazil Soccer ainda exige 20% de outros três itens que podem acarretar em futuros ganhos financeiros através de Clayton. Mais precisamente os itens B, C e D abaixo:Reprodução


FATIADO
Clayton foi adquirido pela empresa de Eduardo Uram durante ações de mudança no comando do Figueirense. Para quitar dívidas, o clube catarinense "vendeu" 20% do jogador ao Brazil Soccer, além de ter fatiado o atleta para o BMG (10%) e para o agente de Clayton, Jorge Machado (30%).Reprodução 

A Brazil Soccer, inclusive, evidencia que o Figueirense ocultou a empresa quando a CBF determinou que os clubes cadastrassem todas as "terceiras partes" envolvidas na participação de seus atletas. Este fator, inclusive, foi responsável por atrasar o registro de Clayton no Boletim Informativo Diário, quando da ida do atleta ao Galo. Reprodução

PALMEIRAS
Além de fazer a cobrança financeira pela Justiça, o processo movido por Uram também deixa no ar que o valor de 2,5 milhões de euros sofreu "maquiagem". O argumento usado é que o Figueira recebeu uma proposta de 3,5 milhões de euros por Clayton, a qual foi prontamente recusada pela diretoria do Furacão.Reprodução / N/A

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