Motor pequeno aguenta o tranco?

20/06/2016 às 14:04.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:58

Há uma tendência mundial em  reduzir o tamanho dos motores (cilindrada) para se enquadrá-los nas exigências de consumo e emissões. É o chamado “downsizing”, pois as leis estão cada dia mais apertadas em todo o mundo.  Então, aperfeiçoar o “coração” do automóvel é fundamental para se atingir os objetivos estabelecidos pelo governo e pela própria competição entre marcas. Até nos EUA, país que tem os carros mais beberrões do mundo, o mercado está se movimentando e exigindo modelos mais eficientes. Lá, os enormes  V8 estão abrindo espaço para os V6. Estes substituídos pelos quatro cilindros em linha. 

No Brasil, motores 1.0 de 4 cilindros estão sendo transformados em tricilíndricos. Alguns já opcionalmente equipados com turbinas para colocar mais de 100 cv nas rodas. E aí vem a pergunta muito coerente: mantendo-se a mesma potência em motores cada vez menores, sua tendência não é de perder em durabilidade e “abrir o bico” em quilometragens cada vez mais reduzidas? 

A resposta é negativa:  primeiro porque toda essa potência  se obtem graças a novas tecnologias como redução de atritos internos, multiválvulas, sistema de injeção direta e outras. Segundo, porque os engenheiros que projetam motores levam em conta que ao aplicar uma turbina, aumenta-se consideravelmente o esforço sobre seus componentes. Vários deles são alterados para resistirem a cargas mais elevadas. Terceiro, porque não se reduz consumo  apenas com motores mais eficientes: os engenheiros das fábricas trabalham também na redução de peso, pois quanto mais leve, menos bebe. Também na aerodinâmica da carroceria: quanto mais facilmente ela corta a barreira de ar à frente, menor o consumo de combustível. Ou com pneus “verdes”, que reduzem o atrito com o asfalto. Além de diversos outros recursos do gênero que aumentam o número de quilômetros rodados por litro de combustível. E, consequentemente, na redução de emissões no escapamento…

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