Projeto prevê corte de salário do primeiro escalão da PBH

Raul Mariano
rmariano@hojeemdia.com.br
07/06/2016 às 07:36.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:46
 (Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia)

Os salários do vice-prefeito, dos secretários municipais e dos adjuntos da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) poderão ser reduzidos, se for aprovada a proposta de emenda à Lei Orgânica do Município que será votada hoje, em primeiro turno, na Câmara Municipal. A medida deverá gerar economia anual de mais de R$ 3 milhões aos cofres do município, segundo estimativas da casa legislativa. 

O documento, que já conta com a assinatura de 17 parlamentares, tem como justificativa “a necessidade de impor maior rigor às despesas públicas, zelando para que os subsídios sejam estipulados em patamar equivalente à complexidade e à responsabilidade próprias desses cargos”.

O projeto de autoria do presidente da Câmara, vereador Wellington Magalhães (PTN), modifica o artigo 84 da Lei Orgânica e determina limites para a remuneração dos agentes políticos do município. Dessa forma, o vice-prefeito passaria a receber o mesmo salário dos vereadores. Os secretários passariam a receber 80% do salário dos vereadores; os secretários adjuntos, 70%.

Em valores brutos, o salário do vice-prefeito cairia de R$ 16.563,23 para R$ 15.066,59. Os salários dos secretários passariam de R$ 16.563,23 para R$ 12.053,27. 

Segundo informações da Câmara Municipal, só com a redução salarial dos secretários, a economia mensal será de mais de R$ 135 mil, considerando que os vencimentos atuais são pagos a cerca de 30 secretários. 

No caso dos adjuntos, os vencimentos podem cair de R$ 13.596,68 para R$ 10.546,61, segundo informações da Câmara. Nesse caso, a economia mensal poderá chegar a R$ 91.502,10 considerando um total aproximado de 30 secretários adjuntos. 

A redução unitária do salário, no caso dos secretários municipais, pode chegar a R$ 4.509,96. No caso dos adjuntos, a redução ficaria em R$ 3.050,07. 

Exemplo

O presidente da Câmara afirma que a medida visa a gerar economias para o município, que passa por dificuldades financeiras em um momento de recessão econômica. 

“O maior exemplo deve ser dado pelo primeiro escalão da prefeitura. A maioria da Câmara está se posicionando a favor da mudança. O projeto deve ser aprovado em primeiro turno e, 72 horas depois, deverá ser votado em segundo turno”, disse Magalhães. 

Procurada pela reportagem, a PBH não quis se manifestar sobre o assunto.

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