Mudanças de comando reforçam planejamento questionável dos clubes mineiros

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
03/06/2016 às 22:51.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:44
 (Cruzeiro/Atlético/América/Montagem)

(Cruzeiro/Atlético/América/Montagem)

Desastrado. Assim pode ser classificado o planejamento de América, Atlético e Cruzeiro para 2016. Campeão mineiro, o Coelho é o melhor exemplo da falta de coerência das diretorias dos rivais da capital. Lanterna do Brasileirão com dois pontos em 15 disputados, o alviverde repetiu a postura de Galo e Raposa e mudou o comandando técnico com o campeonato em andamento.

Na manhã de ontem, Givanildo Oliveira – que dirigia o clube havia um ano e nove meses – foi comunicado pela diretoria de que não seguiria no cargo. Em 89 partidas no comando do alviverde desde setembro de 2014, o pernambucano obteve 43 vitórias, 26 empates e 20 derrotas.

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 Correndo contra o tempo para anunciar o novo comandante, a cúpula americana relacionou três nomes como prioridade: Fernando Diniz (técnico do Oeste), o português Sérgio Vieira (ex-Ferroviária), e Gilson Kleina (demitido recentemente do Coritiba).

Vice-campeão paulista pelo Audax, Diniz recusou a proposta mineira e segue na Série B. Já Vieira está em Portugal analisando propostas de clubes locais, mas disse ao http://hojeemdia.com.br/esportes que seria um prazer dirigir o Coelho na Série A. 

de aproveitamento teve o técnico Givanildo oliveira na quarta passagem pelo américa. Ele deixa o clube após um ano e nove meses no cargo

 “O meu foco é no Brasil, onde tive um ano muito bom no Atlético-PR e na Ferroviária. Treinar um clube da Série A sempre vai ser meu objetivo”, afirmou o português.

Gilson Kleina, por sua vez, figura como terceira opção para substituir Givanildo. Até o fechamento desta edição, porém, ele não fora encontrado para comentar o interesse.

Na partida de amanhã, às 11h, contra o Figueirense, o auxiliar da comissão permanente, Cláudio Prates, comandará o Coelho no Independência. Já o preparador físico Wellington Vero não continua no clube.

 Primeiro da fila

Após o insucesso no Campeonato Mineiro, o Cruzeiro foi o primeiro a buscar um novo comandante. Eliminado pelo América na semifinal, a diretoria demitiu Deivid e foi em busca de um novo treinador.

No entanto, até assinar com o português Paulo Bento, o clube gastou 20 dias tentando outros nomes. Jorginho, técnico do Vasco, e Ricardo Gomes, do Botafogo, disseram “não” aos mineiros.

Com o interino Geraldo Delamore na função, o time, ainda com as características de Deivid, classificou-se para a terceira fase da Copa do Brasil, mas estreou com derrota no Brasileiro – a Raposa perdeu por 1 a 0 para o Coritiba.

Assumindo o time no dia seguinte, o português logo tratou de implementar o jeitão europeu na Toca da Raposa II. Adepto do rodízio, faz variações táticas na equipe e evita definir 11 titulares permanentes.

Desde a chegada do novo técnico, o Cruzeiro acumula dois empates (Figueirense e América), uma derrota (Santa Cruz) e, na última rodada, finalmente conseguiu o primeiro triunfo, ao derrotar o Botafogo, por 1 a 0, em Brasília.

Com cinco pontos na tabela, o time celeste ocupa a 14ª colocação na classificação. Amanhã, às 18h30, o desafio celeste é contra o São Paulo, no Mineirão. Caso derrote o Tricolor paulista, a equipe mineira poderá até encostar nos líderes da competição.

 Jejum alvinegro

Apostando no uruguaio Diego Aguirre, também adepto do rodízio e do time sem centroavante fixo na área, o Atlético não levantou nenhuma taça oficial no primeiro semestre.

Na primeira rodada do Brasileirão, o time, ainda sob comando do uruguaio, venceu o Santos por 1 a 0, no Independência.

Com Diego Aguirre, o Atlético foi eliminado na primeira fase da Copa Sul-Minas-Rio, perdeu a final do Mineiro para o América e ficou pelo caminho na Libertadores, superado pelo São Paulo nas quartas de final

 Contudo, eliminado da Libertadores na semana seguinte, o técnico acabou demitido.

Mudando o foco para um treinador experiente em pontos corridos, e avesso às trocas constantes na equipe, a diretoria foi atrás do mineiro Marcelo Oliveira, bicampeão nacional pelo Cruzeiro (2013/14).

Com o técnico, que já havia ocupado o cargo no clube em outras duas oportunidades (2003 e 2008), o Galo ainda não conseguiu vencer no Brasileirão. Em quatro jogos, o time tem três empates (Atlético-PR, Vitória e Fluminense) e uma derrota (Grêmio).

Amanhã, às 16h, o desafio é contra o Sport, na Ilha do Retiro, em Recife.

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