Expectativa de vida dos latino-americanos sobe quatro anos em uma década

AFP
17/09/2012 às 19:01.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:21
 (William Dias/ALMG)

(William Dias/ALMG)

  WASHINGTON - Os latino-americanos ganharam quatro anos em expectativa de vida na década de 2000 graças a uma redução de 11% na mortalidade, mas os benefícios não foram iguais para todos os grupos sociais, revelou nesta segunda-feira (17) um relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPS).   A média de idade dos latino-americanos era de 76,2 anos em 2010, quando em 2000 era de 72,2 anos. Entre 2000 e 2009, o número de pessoas com idades acima de 60 anos aumentou de 92 milhões para quase 120 milhões, mas a mortalidade caiu, graças a um acesso maior à saúde pública.   Mas a região continua sendo a mais desigual do planeta. "Se quisermos ter uma expectativa de vida maior e uma qualidade de vida melhor, é essencial lutar incansavelmente pela igualdade na saúde pública", explicou no relatório a diretora da organização, a argentina Mirta Roses.   Após cinco anos à frente da OPS, Roses conclui seu mandato em dezembro deste ano. Os 35 países membros da OPS abriram nesta semana uma assemblea ministerial em Washington para eleger seu substituto e para examinar os desafios a médio prazo na região, como a Aids ou os focos de doenças desaparecidas na região, como a cólera no Haiti após o terremoto de 2010.   Ao mesmo tempo em que melhora o nível de saúde, persistem desafios como as doenças não-transmissíveis, como a diabetes ou a obesidade. As mortes por armas de fogo, os acidentes de trânsito, as carências na região relacionadas às doenças mentais também são desafios para o futuro, considerou Roses em seu relatório.   A OPS completa 110 anos de existência em 2012, e é a organização internacional de saúde mais antiga do planeta.

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