Polícia Civil exonera diretor da Casa de Custódia após detento ser flagrado andando em BH

Hoje em Dia*
14/11/2014 às 16:20.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:01

A Polícia Civil (PC) decidiu, na tarde desta sexta-feira (14), pela exoneração de Aci Alves dos Santos, diretor  da Casa de Custódia da corporação, localizada no bairro Horto, na região Leste de Belo Horizonte. A decisão foi tomada depois que o ex-delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, preso na Casa de Custódia desde janeiro deste ano, foi flagrado, nessa quarta-feira (12), andando pelas ruas da capital. Geraldo Toledo foi preso acusado de matar a tiros a namorada adolescente em abril de 2013, em Ouro Preto, na região Central do Estado.

Conforme a PC, já foram encaminhadas para a Corregedoria Geral as informações que o diretor prestou sobre o caso de Geraldo Toledo, que teria saído do presídio depois de solicitar uma autorização para estudar. 

A juíza da Vara Criminal Ouro Preto, Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva já havia afirmado, nesta sexta-feira, que ainda não avaliou o pedido do ex-delegado para fazer um curso à distância. Nessa quarta-feira (12), a TV Alterosa flagrou Geraldo Toledo andando na rua e entrando na instituição de ensino a distância Uniube, no bairro Floresta, também na região Leste da capital. Após o flagrante, o desembargador Renato Martins Jacob, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, enviou um despacho à juíza Lúcia de Fátima. No documento, o desembargador pergunta se o detento tem autorização para sair do presídio.  Conforme a juíza, no processo consta um pedido de Geraldo Toledo para fazer o curso de história à distância da Uniube, com visitas presenciais, até o fim deste ano. Porém, o pedido ainda não foi autorizado e, portanto, o ex-delegado não poderia sair da Casa de Custódia. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) não soube informar quando o pedido foi feito e afirmou que não há prazo para que o mesmo seja avaliado pela juíza.   Homicídio   Amanda Linhares foi baleada na cabeça no dia 14 de abril de 2013, em Ouro Preto. Na data, testemunhas informaram que o delegado e a garota teriam discutido dentro do carro do Geraldo Toledo momentos antes de ela ser ferida.   Segundo a Polícia Civil, essa não foi a primeira vez que o delegado teria agredido a jovem. Conforme a assessoria de comunicação da corporação, em março de 2013, Geraldo Toledo chegou a ser indiciado pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente por agressão contra a jovem.   Amanda, de 17 anos, morreu na noite do dia 3 de junho de 2013, após ficar 51 dias internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória. O corpo da adolescente foi velado e enterrado no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete, na região Central de Minas.   Geraldo Toledo foi preso em abril de 2013, quando foi levado para a Casa de Custódia da Polícia Civil, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte. Em outubro de 2013, o ex-delegado foi transferido para o presídio de São Joaquim de Bicas, e, em janeiro de 2014, foi novamente para a Casa de Custódia.   Crimes   O ex-delegado é investigado também por ter cometido infrações para registrar e licenciar duas motocicletas com motores e chassis irregulares. Geraldo Toledo ainda responde no processo por adulteração de sinal identificador de veículo automotor, receptação e formação de quadrilha.    *Com informações da repórter Thais Oliveira.

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