Belo Horizonte perde o talento de Sininho, a DJ que embalava a noite

Hoje em Dia
24/02/2014 às 19:26.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:15
 (Luisa Ferraz/House Of Photo)

(Luisa Ferraz/House Of Photo)

O nome adotado para a carreira artística era bastante emblemático: Sininho, assim mesmo, como a fadinha leal companheira de Peter Pan. Com um visual bem mais moderno que a personagem também conhecida como Tinker Bell, essa Sininho tornou-se conhecida ao militar na noite belo-horizontina, encantando os que buscavam diversão nas pistas de festas concorridas.

Nesta segunda-feira (24), a partida precoce da DJ Sininho deixou um contingente de pessoas em choque. O que se espraiou pela internet, através de comentários que exprimiam consternação. Apontada como uma das personagens carismáticas da noite da capital mineira, Sininho se foi aos 34 anos, vítima de uma pneumonia.
“A notícia pegou todo mundo de surpresa”, comentou, ontem, Guilherme Menin, um dos sócios da “Festa Camarim”. “A Sininho, na verdade, começou junto com a festa, o pontapé foi com ela”, rememora ele, acrescentando que o perfil do evento foi se delineando de acordo com as músicas que ela aplicava na pista. “A Sininho tinha uma capacidade rara de entender o que a galera queria ouvir, uma sensibilidade para ‘ler’ o que as pessoas esperavam. Isso fez com que ela fosse crescendo como DJ, o que foi uma coisa nova para a gente e para ela”.

O assessor de imprensa Thiago Romano lembra que Sininho começou a labutar na noite como hostess. “Ela conhecia todo mundo”, rememora. Como DJ, prossegue Thiago, Sininho atuou há cerca de 15 dias num evento de moda (da DBZ Jeans) que contou com a presença da consultora de moda Gloria Kalil. “Era uma pessoa bastante autêntica, bacana. Sempre que a gente se via, me divertia muito. Estava fazendo muito planos para o Carnaval”, conta Romano.

Frisando que “a ficha ainda não tinha caído” (“e acho que vai demorar a cair”), Guilherme também usa o adjetivo “autêntica” para definir a amiga. “Era bacana demais, todo mundo gostava dela. Além de uma parceira de eventos, perdi uma amiga”. E a capital mineira, prossegue, perde uma personagem. “Ela circulava em todos os meios. É uma pena, agora que estava começando a colher os frutos de seu talento”, lamenta.

Outro sócio da Camarim, Felipe Tiradentes não demorou muito quando instado a dizer uma palavra que definisse Sininho: “Feliz”, resumiu.

O jornalista Cadu Brandão foi outro a lamentar a partida precoce da DJ. “Ontem (domingo) mesmo, ela participaria de um evento na Praça JK (no Sion), com o seu Bloquinho ('Bloquinho da Sininho', iniciativa recente da DJ), o que acabou não acontecendo. Era uma grande DJ, as pessoas gostavam muito dela, o que justifica toda a comoção nas redes sociais”, lembra. O corpo de Sininho foi enterrado no final da tarde desta segunda-feira, no Cemitério Parque da Colina, bairro Gameleira, região Oeste de BH.

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