Bandido mais procurado de Minas movimentava cerca de R$ 9 milhões por mês com o tráfico

Hoje em Dia
16/04/2015 às 16:15.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:40
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

O criminoso mais procurado de Minas Gerais foi preso pela Polícia Civil. Ele foi apresentado nesta quinta-feira (13) e é apontado como líder do tráfico de drogas em Belo Horizonte, chegando a movimentar cerca de R$ 9 milhões por mês.   A investigação foi iniciada há três anos, pelo Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O foragido Neuber Júlio de Souza (o Alemão), de 39 anos, foi preso em um aeroporto de Goiânia, com apoio da Polícia Civil de Goiás, quando retornava de Cacoal, Rondônia. A cidade faz parte da rota do tráfico internacional de drogas.    Contra Neuber haviam três mandados de prisão expedidos pela Justiça, por homicídios cometidos em Betim, Contagem e Ibirité, além de um mandado devido à associação para o tráfico de drogas. Ele morava, desde 2013, na cidade de Inhumas, Região Metropolitana de Goiás. Ainda durante ação policial, a equipe do DHPP prendeu, em São João Del Rei, no Campo das Vertentes,  em Minas Gerais, Milton Júnior de Souza, de 43 anos, irmão de Neuber. Contra ela haviam dois mandados de prisão, sendo um resultante de uma condenação de 14 anos, por um assassinato cometido em 2003.    Os dois irmãos foram presos na última segunda-feira (13), durante a ação conjunta das polícias civis de Minas Gerais e de Goiás. Ambos viviam com identidades falsas, o que dificultou o trabalho de localização. Segundo o delegado Antônio Harley, que conduziu as investigações, levantamentos do serviço de inteligência da Polícia Civil de Goiás apontam que Neuber integrava a “Turma da Marreta”, grupo criminoso especializado em roubo de banco e carro forte no Estado. Ele era, inclusive, o único suspeito que ainda não havia sido preso.   Tráfico de drogas   De acordo com as investigações, Neuber viajava para o Paraguai a cada três meses, onde negociava a compra de grande quantidade de drogas. A Polícia acredita que o montante chegasse a 30 quilos de pasta base de cocaína e meia tonelada de maconha, por remessa. A droga era transportada por pessoas contratadas por ele e entregue a Milton, em Ibirité, que gerenciava a venda do produto em 12 bairros de Belo Horizonte, Contagem e Ibirité. A estimativa é de que o faturamento com a comercialização dessa droga girasse em torno de R$ 9 milhões, por mês.   Lavagem de dinheiro   O DHPP prossegue nas investigações para apurar também o crime de lavagem de dinheiro, em virtude da descoberta de vasto patrimônio e complexa estrutura criminosa com participação dos dois irmãos. Uma das táticas utilizadas pelos suspeitos para a prática do crime seria a compra e venda de imóveis. A polícia também irá investigar o uso de ‘laranjas’ e a criação de uma empresa de fachada pelos irmãos.

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