Os 30 melhores textos de Arthur Veríssimo compilados em livro

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
09/11/2014 às 13:52.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:57
 (Realejo Livros)

(Realejo Livros)

Desenvolvido inicialmente nos anos 70 pelo jornalista americano Hunter S. Thompson, o jornalismo gonzo consiste numa produção em que o repórter se envolve completamente com a história. No Brasil, o maior nome da atualidade nesse tipo de reportagem é Arthur Veríssimo, da revista Trip.   As 30 mais importantes reportagens feitas pelo jornalista em seus 30 anos de trabalho foram reunidas no livro “Gonzo! 30 Anos de Jornalismo Transcultural” (Realejo Livros). Ali estão textos bastante divertidos das mais diferentes viagens feitas por Veríssimo: Índia, Madagascar, Cuba, Groenlândia, Tailândia, Camboja... além dos rincões brasileiros.   “As minhas viagens começaram, na verdade, na pré-adolescência. Como minha mãe é do Acre e o meu pai de Pernambuco, fazíamos grandes travessias de São Paulo ao Nordeste. Aos 19 anos, fiz uma viagem espiritual para uma comunidade da Califórnia. Imagina só como foi sair da caretice do Brasil para um xangrilá”, lembra Veríssimo sobre os anos 70.   O jornalista fala de viagens fantásticas em seus textos, mas o foco nunca é o atrativo turístico, mas, sim, as pessoas que passam por experiências incríveis. Pautado por uma linha holística, Veríssimo está sempre em busca de experiências espirituais – na compilação, estão suas reportagens sobre as crucificações nas Filipinas, o culto a Padre Cícero no Ceará, o vudu haitiano, entre outros.   Transes coletivos   “Gosto bastante de festivais de transes coletivos, do universo em que as pessoas entram em êxtase. No Brasil há muitas festas populares que driblam o maniqueísmo da publicidade. Não é preciso comprar para entrar num processo de transe”, diz o jornalista, que é procurado por estudantes do Brasil inteiro interessados em abordar seu jornalismo diferenciado em monografias e dissertações de mestrado.   Veríssimo não sabe dizer ao certo quantos países já visitou, mas conta que foi à Índia 22 vezes, ao México, 15, e ao Peru, quase 30. Mas quando está em São Paulo, ele prefere o sossego do lar. “Fico estudando. Vivo um modelo antigo de pessoas que se dedicam ao estudo. É o momento de fazer minhas consultas e buscar as minhas fontes”.

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