Ratinho narra divertida versão do conto de fadas

Lady Campos - Hoje em Dia
25/05/2015 às 08:38.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:11
 (Ilustrações de Maurício Veneza)

(Ilustrações de Maurício Veneza)

Exibida no cinema, a clássica história de “Cinderela”, a garota que é maltratada pela madrasta, vítima de bullying cometido pelas irmãs (tortas) e que perde o sapatinho de cristal, tem o dom de falar diretamente ao coração de adultos e crianças.
Recriado em vários cantos do planeta, o antigo conto de fadas ganhou uma versão divertida e não menos curiosa pelas mãos de Maurício Veneza. Em “Roy Encontra Cinderela” (Selo Abacatte), a história é recontada como narrativa e, melhor, sob o ponto de vista do divertido ratinho Roy.
Na mesma casa onde a mocinha Cinderela vive com a madrasta e as irmãs, mora também o esperto camundongo Roy. Tão ladino que anota acontecimentos (que por coincidência acontecem em maio) em um diário, com direito à data no alto da página. 
Histórias
Numa quinta-feira,  8 de maio, Roy inicia seu diário narrando que nunca comeu queijo. “Nem um pedacinho pequenininho assim....Minha mãe dizia que era muito bom. Ela sabia porque o pai dela dizia que a mãe dela tinha ouvido dizer que era muito bom”.
Roy dá o panorama do lugar onde mora, observando de maneira bem-humorada que na casa já houve muita fartura e que agora o lugar virou uma espelunca. “Também, são quatro mulheres e nenhuma trabalha. Nem a viúva nem as três filhas. Bom, eu quis dizer que não trabalham fora. A mais novinha (Cinderela, no caso) até que trabalha muito, por ela e pelas outras. E, na verdade, nem é filha da viúva, só as mais velhas. É que a viúva já era viúva quando casou com o pai da mais nova, que também era viúvo”, escreve Roy em linguagem informal.
Entre as muitas cenas protagonizadas por Roy, a da fada pedindo uma abóbora para transformá-la em carruagem e levar Cinderela ao baile é hilária. Primeiramente, porque Cinderela acha que a fada estaria com fome e a fim de um ensopadinho. 
Depois, Roy questiona: “dona fada, não está faltando nada nesta carruagem? Quero dizer, quem vai puxá-la?” “Hum, boa pergunta. Ela precisa ser puxada. Carruagens não andam sozinhas. Não ainda. Os automóveis só vão ser inventados daqui a muitos anos...”, responde a fada.
Sapatinho de cristal
Roy não perde o senso de humor e quando o mensageiro lê alto e bom som que, por ordem de sua majestade, o rei, um representante do príncipe vai percorrer todas as casas do reino em busca da moça que perdeu um sapatinho de cristal no baile real e que esta será a futura noiva real, ele deixa escapar mais uma pérola. “Entre milhares de moças no reino, pelo menos umas cento e cinquenta devem ter o pé daquele tamanho. Será que o príncipe vai casar com todas elas?”
Com sutileza e em tom de brincadeira, o autor e ilustrador Maurício Veneza entremeia a história com divertidos desenhos de traços que misturam tons pasteis a cores vibrantes. A história não acaba por aí.
Após o casamento de Cinderela, tudo voltou à rotina na casa da madrasta e suas filhas. Elas, por sinal, ficaram mais pobres porque gastaram o pouco que tinham com roupas e joias. Mas um dia recebem a visita de um desconhecido....O que ele foi fazer lá? Descubra você mesmo.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por