com a camisa do Barcelona, Maelson Luiz, de 34 anos, atravessa apressado a Praça Sete, no coração de Belo Horizonte. Lucas Henrique, 19 anos, que veste a blusa do Santos, também passa agitado pelo mesmo local. Wdreçon Fernandes, de 23, outro que usa o uniforme do Barça, está mais tranquilo. Observa o vai e vem de pessoas enquanto espera pela mãe.

Os três não se conhecem, mas o semblante fechado mostrava que algo não estava bem. Torcedores fanáticos do Cruzeiro, os três optaram nesta quinta-feira por deixar as cores azuis e brancas em casa e apostar e roupas de outras equipes. Era como se vestissem o luto. Reflexo de uma noite mal dormida após a desclassificação na Copa Libertadores, com a vergonhosa atuação diante do River Plate, na quarta-feira.

Poucos torcedores da equipe celeste animaram a sair de casa nesta quinta-feira com o uniforme da Raposa. Os que fizeram cobravam reforços e mudança de postura. “Tem que apoiar não só na hora boa. Sou cruzeirense todos os dias. Não temos motivos para ficar tristes porque já temos muitos títulos importantes”, diz a estudante Rayanne Oliveira, 22 anos. “Saiu muita gente e o Gilvan contratou mal. Precisamos de um meia e um volante pelo menos”, sugere o namorado Ramon Nézio, de 25 anos.

A decepção dos cruzeirenses contrastava com a alegria dos argentinos, que aproveitaram a quinta-feira para fazer turismo pela capital mineira. Moradores de Buenos Aires, o eletricista Frederico Acosta, 37 anos, e o filho Leandro Acosta, de 16, trataram com muito bom humor o encontro inesperado com o casal de cruzeirenses nesta quinta-feira no centro de BH. “Esse é o verdadeiro espírito do esporte”, disseram durante a conversa.

Os amigos Átila Jacinto, Ciro Chiarito, Walter Gaitan e Anillo Cuero, de Rosário, também estavam encantados com a hospitalidade do povo mineiro.

Compartilhar