Com estratégia montada e equipe definida, o Coelho tem nesta quinta-feira (18) um último desafio pela sonhada vaga na Série A. Porém, ao invés dos gols de Obina e das defesas de João Ricardo, o americano vai torcer pelo advogado Henrique Saliba e pelo dirigente Marcos Salum, que representam o clube no julgamento do Icasa, às 10h, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Arrolado como terceiro interessado no processo, o América exige que sejam desconsiderados os resultados dos jogos do time cearense. O Coelho quer “provocar” o STJD para que aplique as sanções e não transfira a decisão para o Departamento de Competições da CBF.
“Pode acontecer de o Pleno excluir o Icasa, mas transferir a responsabilidade da pena. Vamos cobrar que se manifestem”, explicou Saliba. O temor se deve à falta de determinações específicas no Regulamento da CBF. De acordo com o advogado, o Coelho pleiteia sanções semelhantes à aplicada ao Rio Branco em 2011 – o time do Acre foi excluído da Série C, e, com isso, o Luverdense “herdou” uma vaga.
O Icasa foi condenado à exclusão da Série B em agosto por ter acionado a Justiça Comum contra a CBF reivindicando uma vaga na Primeira Divisão. Desde então, vinha entrando em campo sob força de uma liminar.
BASTIDORES
Se depender do presidente da Federação Catarinense e vice-presidente eleito da CBF, Delfim Peixoto Filho, o Coelho não deve alimentar esperanças. “Hoje viajo para o Rio, onde acompanho o julgamento. Fique tranquilo, Avaí”, postou Delfim no Twitter, junto com a imagem de um Papai Noel vestido de azul.
Apesar de não acreditar em uma influência no julgamento, Saliba lamentou a publicação. “Faltou um pouco de zelo, uma vez que ele vai ocupar um cargo importante na CBF. É uma situação que nos deixa incomodados”, lamentou.