O sorriso estampado no rosto evidenciava a alegria do zagueiro Dedé. “Estou com coração a mil, emocionado pelo que está acontecendo”, revelou. Um ano depois, o defensor voltou a treinar com bola na atividade desta quarta-feira (11), na Toca da Raposa II.

Emocionado com o retorno, Dedé, que não atuava com bola desde a partida contra o Santos, no dia 5 de novembro do ano passado, pela semifinal da Copa do Brasil, revelou que o tempo parado foi encarado como um aprendizado. Ele vive a expectativa agora de ajudar o Cruzeiro nessa reta final de Campeonato Brasileiro. “Foi um ano de muito aprendizado, força de vontade. Tive a oportunidade de treinar com o grupo agora, é uma felicidade que vocês não têm noção. Um ano parado. Estou conhecendo os jogadores, o grupo, forma de trabalho”, disse o zagueiro.

A oportunidade em treinar com o grupo pela primeira vez pegou de surpresa até mesmo o zagueiro. “Posso participar?”, perguntava o ansioso Dedé, antes do início da atividade. O aval da comissão técnica foi comemorado como se fosse um gol.

“Foi uma surpresa para mim. Tinha conversado com a galera da ansiedade que eu tinha de voltar. Semana passada eu falei que poderia trabalhar um pouco com bola, ao menos aquecimento. Mas me pegaram de surpresa hoje. Fiz meu trabalho na academia e eles me falaram para treinar com o grupo. Eu fiquei empolgado. Foi uma surpresa boa, minha esposa, minha família, meus empresários estavam com expectativa de eu treinar na quinta-feira. Mas consegui treinar antes”, revelou Dedé.

Confira os trechos da entrevista:

Como foi ficar um ano parado

“Tive momentos tristes, de reflexão, mas nada que me abalasse, a minha fé na recuperação. Confio em Deus e sabia que o meu momento ia chegar. Quando machuquei estava no ápice, campeão Brasileiro, ganhando prêmios individuais. Parei bem, em um momento bom na carreira. Fiquei um ano parado, sabendo que poderia acrescentar dentro e fora de campo. Tive este momento de treinar com o grupo. Os caras estavam com precaução, falaram para fazer aquecimento, depois fazer um trabalho físico. Mas eu estava bem, me deixaram fazer o trabalho de posse de bola, que fui bem. Quiseram me passar alegria. Parecia que é a primeira vez que estou jogando. Que estou chegando agora no Cruzeiro.”

Retorno ainda esse ano

“Não posso afirmar isso. Estou trabalhando para que eu me recupere. O meu trabalho está sendo bem feito. Mas não posso afirmar que em 2016 eu vou estar aqui, em condição. Estou pensando agora, na minha recuperação.”

Primeiro treino

“Sempre quando a gente chega no campo, volta a treinar, depois de muito tempo, a gente tem de fazer uma cagada. Primeira vez que fui dar um passe para o Fabrício, a bola ia na cara do Mano. Ainda bem que o Fabrício dominou a bola. Ele (Mano) brincou comigo, vai voltar para o DM”.

Mano Menezes

“Ele sempre me deu força, no DM falava que queria contar comigo, me ajudou. Foi o cara que me deu chance de jogar na Seleção. A comissão técnica toda me deu força. Principalmente o pessoal do departamento médico, chorei com eles, eles choraram comigo. A noite que eu fiquei sem dormir eles ficaram sem dormir. O meu sentimento foi o deles”.

Como foi acompanhar o time de longe

“Dedé faz parte de toda a torcida organizada, sou torcedor intenso, xingo na janela, grito o nome do Cruzeiro. Se alguém falar comigo na hora do jogo eu dou ‘esporro’. Quero o bem para o meu time e meus companheiros.”

Confira um trecho da entrevista:

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