Victor vê o Brasil com “sorte de campeão” do Atlético de 2013

Wallace Graciano - Enviado Especial
01/07/2014 às 14:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:13
 (Gaspar Nóbrega)

(Gaspar Nóbrega)

TERESÓPOLIS – Victor sabe bem o que é enfrentar fortes emoções. No ano passado, foi o herói do Atlético na conquista da América, após passar por inúmeras situações complicadas. Agora na Seleção Brasileira, porém como reserva, ele teve a oportunidade de reviver a mesma tensão de momentos decisivos no embate contra o Chile, no último sábado (28), quando o time canarinho teve sua classificação colocada em xeque. Porém, segundo o goleiro, situações como essa só servem para fortalecer o grupo, que vê nas adversidades superadas a famosa “sorte de campeão”.   “No meu caso, no Atlético, houveram sinais de que a conquista era possível. Aquele pênalti contra o Tijuana (nas quartas de final da Libertadores, quando Victor defendeu uma cobrança com os pés aos 48 minutos do segundo tempo) foi um deles. Era aquela ‘sorte de campeão’. Eu vejo que aquela bola na trave chutada pelo Pinilla foi um bom indício de que o Brasil tem situações aliando ao seu favor. Claro que precisamos aliar a sorte à a competência dos nossos jogadores. Mas penso que vamos, sim, mais fortes para o próximo jogo”, disse Victor.   Uma das imagens marcantes daquela campanha histórica do Atlético na Libertadores ocorreu na disputa por pênaltis contra o Newell’s Old Boys, nas semifinais do torneio. Victor recebeu de um torcedor um terço e o levou para as cobranças. A fé dos dois foi recompensada com a classificação alvinegra. Na final, o goleiro resolveu levar o mesmo amuleto para a disputa dos tiros da marca do cal e novamente o Galo saiu vitorioso.   No último sábado (28), o ídolo da torcida atleticana não esteve em campo durante a disputa por pênaltis entre Brasil e Chile, no Mineirão. Porém, ao ver que Julio Cesar defenderia o mesmo gol sacramentou o título alvinegro, ele deu ao companheiro o terço que ganhou na Libertadores e comentou sobre a coincidência. Deu certo. O camisa 12 pegou duas cobranças e colocou a Seleção Brasileira nas quartas de finais. Ao comentar o fato, Victor tratou de separar fé de superstição, mas comemorou que seu amuleto foi um reforço a mais ao dono da meta canarinho.    “Existe fé e existe superstição. No meu caso, levo para a fé. Sou uma pessoa religiosa e tento reforçar meu lado espiritual. Não tenho costume de levar meu terço para dentro de campo. Decidi no vestiário, pois sabia das dificuldades do jogo. Foi uma maneira que encontrei de fortalecer a mim e aos companheiros. Não foi premeditado entregar o terço ao Julio. Foi o momento que me deu aquele insight. Perguntei se ele gostaria de levar para o gol. Expliquei a história e ele recebeu muito bem. Foi um reforço a mais para o Julio, mas não podemos deixar de enfatizar a competência dele. Se preparou para isso e tenho certeza que vai nos ajudar muito ao longo da competição”, avaliou o ídolo alvinegro.   Por fim, Victor tratou de rechaçar a supervalorização do aspecto emocional. Segundo ele, extravasar o momento de tensão não foi algo negativo e o psicológico não vem atrapalhando a Seleção.   “Pessoal está colocando essa questão emocional como um peso que não deveria ter. Não vejo assim. Os jogadores estão vivendo essa Copa de forma intensa. Extravasam pelo choro. Isso não é ruim. É uma forma de se motivar. Não vejo isso como negativo, vejo como intensidade e orgulho de representar uma nação. Não vejo de forma negativa de forma alguma”, completou o goleiro, que sabe bem o que é enfrentar fortes emoções. 

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