Delegado alega inocência e afirma que namorada atirou na própria cabeça

Hoje em Dia
02/12/2015 às 17:28.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:11
 (Raul Machado/TJMG)

(Raul Machado/TJMG)

O ex-delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, de 42 anos, voltou a alegar inocência e afirmou que não matou a namorada Amanda Linhares Santos, de 17 anos. A jovem foi assassinada em 2013, em um trecho da estrada que liga Ouro Preto a Lavras Novas. Segundo denúncia do Ministério Público, Toledo foi o autor do tiro.

O réu está sendo julgado em Ouro Preto, região Central de Minas, desde a terça-feira (1º). Na sessão desta quarta-feira (2), ele disse, perante a juíza Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva, que a então namorada atirou contra a própria cabeça.

No depoimento, o ex-delegado afirmou ainda que, após a suposta tentativa de suícidio, encaminhou a adolescente até o hospital. O réu começou a ser interrogado por volta das 16h40 e a expectativa é que a sentença seja proferida na quinta-feira (3), após a fase de debate entre acusação e defesa.

Julgamento

O primeiro dia de julgamento terminou às 21h43, quando todas as nove testemunhas e informantes arrolados pela acusação e pela defesa foram ouvidas. O conselho de sentença é composto por sete homens, que irão decidir que o réu é culpado ou inocente do crime.

O Ministério Público é representado pelo promotor Vinícius Alcântara Galvão e, como assistente da acusação, atua o advogado Aparecido Gonçalves. A defesa do réu está a cargo dos advogados Valdomiro Vieira e Clebiane Fernandes Monteiro. Familiares do réu e da vítima também acompanharam os trabalhos.
 
O crime

Toledo é indiciado por homicídio consumado qualificado e por fraude processual (quando há destruição de provas). O ex-delegado teria, segundo o Ministério Público, atirado na cabeça da adolescente no dia 14 de abril de 2013, em um trecho da estrada que liga Ouro Preto a Lavras Novas.

A jovem chegou a ser socorrida e ficou 50 dias internada em um hospital de Belo Horizonte, mas acabou não resistindo ao traumatismo craniano.

A denúncia apresentada pela Polícia Civil à Justiça mostra que o delegado contou com a ajuda da ex-namorada e de três amigos. Todos foram indiciados por fraude processual.

Ao todo, o inquérito tem 1.478 páginas. Foram ouvidas 50 pessoas, realizadas 20 perícias criminais e médico-legal e feita a quebra de sigilo de 13 linhas telefônicas - três de Toledo, duas de Amanda e cinco de outras testemunhas.

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