Magnano vê “dispensas sem motivo” e falta de esforço de jogadores

Gazeta Press
05/09/2013 às 11:12.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:40

Eliminada na primeira fase da Copa América, torneio classificatório para o Mundial-2014, a Seleção Brasileira retornou ao País na manhã desta quinta-feira (5). Na chegada, o técnico Rubén Magnano dividiu a responsabilidade pelo fracasso com os jogadores que não aceitaram o chamado para participar do campeonato.

"Sempre digo que os torneios classificatórios são muito mais importantes que os principais, como Mundiais e Jogos Olímpicos, porque se você não se classifica, já era. Então, é necessário contar com um esforço por parte dos atletas. Infelizmente, nessa temporada não tivemos esse esforço", afirmou.

Anderson Varejão, Leandrinho, Nenê e Marquinhos pediram dispensa por falta de condições físicas. Tiago Splitter alegou cansaço, enquanto Lucas Bebê e Vitor Faverani priorizaram as negociações com as franquias da NBA. De acordo com Magnano, nem todas as saídas foram bem fundamentadas.

"Não cito nomes próprios nem para elogiar nem para criticar. Três ou quatro jogadores que pediram dispensa um pouco me falaram que sim. Eu pensava que teria esses atletas e que eles tomariam o time nas mãos, o que me dava uma espécie de segurança interior. Não aconteceu isso e fiquei um pouco abatido", admitiu.

Mesmo sem seus principais jogadores, o Brasil entrou na Copa América da Venezuela como um dos favoritos para conquistar a classificação ao Mundial. De maneira surpreendente, no entanto, o time de Magnano perdeu para Porto Rico, Canadá, Uruguai e Jamaica.

"O primeiro responsável sou eu, porque não tive a capacidade de convencer os caras a ficarem dentro da Seleção. Acho que minha mensagem não foi suficientemente convincente. Os segundos responsáveis são os que falaram que estariam e não estiveram, os que pediram dispensa sem motivo. E, claro, esse time também tem sua responsabilidade", disse.

Campeão olímpico no comando da seleção argentina nos Jogos de Atenas-2004 e vice mundial em Indianápolis-2002, Magnano lembrou que não sofria com dispensas no período. Para o treinador, entrar em torneios de grande porte com jogadores inexperientes é algo comprometedor.

"Uma seleção deve disputar um campeonato internacional com o que tem de melhor. Experiência internacional não se compra. Acho que ainda temos que trabalhar muito para criar uma consciência de seleção, de orgulho. Precisamos buscar um jeito para que os jogadores se comprometam mais", declarou.

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