O desempenho abaixo do esperado do país nos recentes campeonatos mundiais de judô, atletismo e natação coloca em xeque a meta do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de ficar dentro do top 10 no quadro de medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Se a natação nacional já havia ficado abaixo da expectativa no Mundial da Rússia, entre 24 de julho e 9 de agosto, o fraco desempenho brasileiro no Mundial de Judô de Astana, no Cazaquistão, encerrado no domingo passado, colocou um ponto de interrogação no desejo da entidade.

Considerado o carro-chefe da delegação para os Jogos de 2016, o judô é o esporte que mais medalhas trouxe para o Brasil na história das Olimpíadas (20), mas no Mundial conquistou apenas duas medalhas de bronze, com Victor Penalber (até 81kg) e Erika Miranda (até 52kg). Essa foi a pior participação brasileira desde a edição de 2009, quando não subiu ao pódio nenhuma vez.

A própria Confederação Brasileira de Judô (CBJ) admite que o resultado ficou bem abaixo do objetivo que era terminar a participação do mundial com pelo menos cinco medalhas. “O Mundial é importante para avaliar o trabalho e definir os passos seguintes. Ainda temos 300 dias para trabalhar até os Jogos Olímpicos do Rio”, avalia Ney Wilson, gestor de alto rendimento da entidade

O resultado também mostra que a CBJ tomou decisões erradas, já que desde o ano passado cortou radicalmente o número de viagens para competições internacionais – por terem ficado ausentes do Circuito Mundial, os judocas brasileiros despencaram no ranking e, na maioria, não chegaram a Astana como cabeças de chave.

Atletismo

O Mundial de Atletismo, disputado em Pequim até o último domingo, também confirmou o fraco momento brasileiro na modalidade. Com apenas três atletas com chance de conquistar medalhas no Rio, o Brasil viu Fabiana Murer assegurar a prata. Thiago Braz sequer chegou à final do salto com vara, e Duda, sem índice necessário no salto em distância, nem participou da competição.

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